postado em 03/05/2015 08:00
Em um pequeno estudo piloto, pesquisadores da Universidade de Brown, do Hospital Butler e do Hospital Feminino e Infantil de Providence, nos Estados Unidos, encontraram evidências de que a prática de ioga pode ajudar gestantes com depressão a reduzir a severidade dos sintomas. Segundo a principal autora da pesquisa, Cynthia Battle, estudos anteriores indicam que grávidas que sofrem desse distúrbio geralmente são relutantes em usar medicamentos, com medo de que possam afetar o bebê. Quando perguntadas quais terapias alternativas concordariam em fazer, a ioga surge como opção que consideram interessante.;Temos que tentar desenvolver uma extensa gama de opções que sirvam às mulheres que passam por esses sintomas durante a gestação;, diz Battle, professora associada de psiquiatria e comportamento humano em Brown e psicóloga nos hospitais Butler e Feminino e Infantil. De acordo com ela, alguns poucos estudos já sugeriram que a ioga, aliada à meditação de plena atenção (mindfulness), ajuda a prevenir ou tratar a depressão na gravidez.
A pesquisa da psiquiatra, que incluiu 34 mulheres, foi publicada na edição de março/abril do jornal Women;s Health Issues. O objetivo foi investigar, preliminarmente, se um programa de ioga pré-natal com duração de 10 semanas poderia ser seguro, viável e efetivo para mulheres com depressão moderada. ;O que aprendemos desse teste piloto foi que o ioga pré-natal realmente parece ser uma abordagem fácil de se administrar, aceitável pelas mulheres e seus médicos, e que tem um grande potencial para ajudar a melhorar o humor;, conta Battle. ;Os resultados são realmente bastante encorajadores;, comemora.
Sob medida
No estudo, as gestantes com sintomas elevados de depressão foram incluídas em um programa pré-natal criado por instrutores de ioga especialmente para grávidas. Além de praticar os exercícios e fazer alguns minutos de meditação mindfulness nas aulas, elas eram aconselhadas a repeti-los em casa. Durante as 10 semanas, os pesquisadores mediram os sintomas depressivos nas mulheres e compararam esses dados à participação delas nas classes, à prática em casa e às mudanças no nível de atenção corporal das gestantes, seguindo um questionário.
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