Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Cientistas descobrem tango como aliado no tratamento do mal de Parkinson

"Há evidências acumuladas de que a atividade física habitual está associada a um risco mais baixo de desenvolvimento de Parkinson, o que sugere um potencial retardamento na progressão da doença", disse um dos médicos que liderou a pesquisa


;Há evidências acumuladas de que a atividade física habitual está associada a um risco mais baixo de desenvolvimento de Parkinson, o que sugere um potencial retardamento na progressão da doença;, diz Silvia Rios Romenets, que liderou o estudo. ;Nós descobrimos que o tango ajudou em uma melhoria significativa do balanço e da mobilidade funcional e pareceu encorajar os pacientes a apreciar o tratamento em geral. Também encontramos benefícios mais modestos em termos das funções cognitivas e da redução da fadiga;, observa.

O tango requer uma coreografia específica que envolve andar para frente e de ré, de forma bastante rítmica. Isso pode ser particularmente benéfico para pessoas com dificuldade de marcha e para prevenir quedas. Além disso, a dança requer memória de trabalho, controle da atenção e habilidades multitarefas para incorporar elementos novos a gestos previamente aprendidos, para seguir o ritmo da música e rodopiar entre os outros dançarinos no salão.

Segundo Romenets, muitos pacientes acham os programas de exercícios tradicionais pouco atraentes. Cerca da metade não segue a recomendação de atividade física diária. Há, contudo, uma conexão entre música e o sistema dopaminérgico no cérebro ; o que é essencial para estabelecer e manter um hábito. Por isso, os pesquisadores acreditam que combinar música e exercícios em danças como o tango pode aumentar a adesão, o prazer e a motivação, assim como melhorar o humor e estimular a cognição dos pacientes.