Ciência e Saúde

França quer pré-acordo sobre o clima em outubro, antes de conferência

A menos de 200 dias da COP21, cada encontro deve constituir um prazo adicional para o acordo

Agência France-Presse
postado em 01/06/2015 09:22
Bonn, Alemanha - A França deseja um pré-acordo sobre o clima em outubro, anunciou o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, na abertura de uma sessão de negociações em Bonn (Alemanha), preparatória para a conferência de dezembro em Paris. Segundo ele, a menos de 200 dias da COP21, ;cada encontro deve constituir um prazo adicional para o acordo".

Laurent Fabius discursou em conferência na Alemanha

[SAIBAMAIS]Outras duas sessões de negociação intermediárias estão previsas para acontecer até outubro. "O objetivo é que alcancemos um pré-acordo no mês de outubro", declarou. "Neste momento, dispomos de um projeto de acordo, mas é um texto texto longo e que, em vários pontos, não tem escolha", recordou o ministro. Também anunciou que a França organizará duas reuniões de nível ministerial em Paris, nos dias 20 e 21 de junho e em 7 de setembro, para "permitir avançar nas questões mais delicadas".



O futuro acordo de Paris, que entrará em vigor em 2020, deve estabelecer um marco para a luta contra o aquecimento global com o objetivo de limitá-lo a dois graus centígrados. Nesta segunda-feira, a ministra francesa da Ecologia, Ségol;ne Royal, questionou as negociações da convenção da ONU sobre a mudança climática. "As negociações da ONU são totalmente inadaptadas à urgência climática. De modo privado, todo mundo afirma, todo mundo tem consciência disso, mas a complexidade do processo é tal que continua como se nada acontecesse", afirmou ao jornal Le Monde.

"Tenho a impressão que estão sendo adiadas as decisões que devem ser tomadas", lamentou Royal. "Esta distância entre o processo da ONU e a urgência climática começa a representar um problema real e a exasperar os países que mais sofrem com a mudança climática", completou. "Não é necessário interromper as negociações na ONU, mas é necessário que Bonn responda às instruções políticas dos chefes de Estado e de Governo. Caso contrário, os negociadores que estão aí há 15 ou 20 anos continuarão seu folclore", concluiu.

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