Agência France-Presse
postado em 04/06/2015 13:42
Washington - A agência americana que regula os medicamentos examinará novamente nesta quinta-feira um pedido de comercialização da flibanserina que, caso seja aprovada, será a primeira pílula para aumentar a libido feminina no mercado.Dois pedidos anteriores já foram modificados porque sua eficácia foi considerada muito modesta em comparação com o placebo. Além disso, a flibanerina, apelidada de "viagra rosa" ou "viagra feminino" e destinada a mulheres sem menopausa, produz efeitos colaterais não desprezíveis, como náuseas, enjoos e sonolência.
O comitê de consultas formado por especialistas independentes e convocado pela Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA, em inglês) acompanhará nesta quinta-feira apresentações e estudos clínicos e ouvirá testemunhos de especialistas e de grupos de defesa das mulheres.
Ao fim do dia está prevista uma votação para recomendar ou não o medicamento à FDA, que geralmente segue o conselho destes comitês.
Em 2010, a agência rejeitou um primeiro pedido. Imediatamente depois, a flibanserina foi vendida por seu desenvolvedor inicial, o laboratório alemão Boehringer Ingelheim, à empresa americana Sprout Pharmaceuticals.
Depois de ter levado em conta várias deficiências apontadas pela FDA, a Sprout apresentou uma nova fórmula em 2013, que foi rejeitada mais uma vez. A agência americana sustentou que a reduzida diferença de eficácia da flibanserina com o placebo não justificava os riscos implícitos no consumo do medicamento.
Para esta terceira tentativa, a Sprout Pharmaceuticals apresentou novos dados, incluindo um estudo que mostra que este medicamento não afeta a capacidade das mulheres de dirigir.