Os países mais industrializados do mundo assumiram ontem o compromisso de tornarem suas economias menos dependentes dos combustíveis fósseis ; sobretudo o carvão ;, maiores responsáveis pelo aquecimento global. Reunidos no estado da Baviera, na Alemanha, os líderes do G7 (grupo que reúne Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) defenderam uma ;diminuição importante das emissões mundiais dos gases que provocam o efeito estufa; ao longo do século.
Dizendo-se empenhadas em contribuir com a resposta global necessária ao aumento da temperatura no planeta, as sete nações querem reduzir, até 2050, de 40% a 70% as emissões de gases de efeito estufa em relação às observadas em 2010. Em um comunicado conjunto, o grupo se comprometeu a fazer todo o possível para ;conquistar uma economia mundial sóbria em carbono no longo prazo;.
Segundo o presidente francês, François Hollande, os objetivos anunciados refletem compromissos ambiciosos e realistas. No entanto, reconheceu a chanceler alemã, Angela Merkel, as medidas são resultado de ;conversações difíceis;. ;Os negociadores realizaram um duro trabalho;, disse a anfitriã na coletiva de imprensa ao fim do encontro.
Do grupo de países, Japão e Canadá eram os que se mostravam mais reticentes quanto à extensão das medidas, mais até que os Estados Unidos, historicamente bastante resistentes a ações do tipo. Com a administração de Barack Obama, no entanto, os norte-americanos passaram a reconhecer que as ações humanas contribuem para o aquecimento global e que medidas para frear o fenômeno são necessárias.
Já os quatro países europeus que integram o G7 disseram estar de acordo sobre a adoção de um programa ambicioso de redução de gases do efeito estufa, buscando, dessa maneira, enviar um sinal à conferência sobre o clima de Paris, que será realizada em dezembro. Nesse encontro, organizado pelas Nações Unidas, a comunidade internacional deverá estabelecer um mapa do caminho para limitar o aquecimento climático em 2;C em relação à era pré-industrial. Paralelamente ao encontro dos líderes, em Bona, também na Alemanha, negociadores de todo o mundo buscam preparar os termos desse acordo a ser firmado no fim do ano para substituir o Protocolo de Kyoto a partir de 2020.
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