O maior dos famosos anéis de Saturno não pode ser visto com a ajuda de instrumentos comuns. Apesar de ocupar um imenso espaço, o disco de partículas é tão fino que exige aparelhos que detectam o espectro infravermelho e, por isso, só foi descoberto em 2009. Depois de anos de análise, pesquisadores descrevem pela primeira vez o estranho anel em detalhes e revelam que a estrutura é ainda maior do que se pensava. O estudo revelou que ela começa a uma distância de 6 milhões de quilômetros do planeta e só termina a 16 milhões de quilômetros do corpo celeste.
O astrônomo Douglas Hamilton, da Universidade de Maryland, identificou pela primeira vez o disco gigante há seis anos, com a ajuda do Telescópio Espacial Spitzer. Embora lentes comuns não sejam suficientes para mostrar as partículas que o formam, tão escuras quanto o espaço, o sistema infravermelho da agência espacial norte-americana, a Nasa, foi capaz de identificar o calor do Sol refletido pelo material.
Para analisar melhor o anel, os pesquisadores recorreram ao telescópio Wide-field Infrared Survey Explorer e, assim, puderam delimitar sua extensão exata e suas propriedades. ;Nós estudamos os detalhes de quão rápido esse brilho (da luz solar refletida) ocorre para determinar as propriedades das partículas que formam o anel. Ele também parece se afunilar um pouco, se movendo para o centro;, descreve Hamilton.
As observações mostraram que as partículas se estendem por uma faixa de 10 milhões de quilômetros e ocupam um volume 11 milhões de vezes maior do que o de Saturno ; e 300 vezes maior que o do Sol. Se o planeta fosse do tamanho de uma bola de basquete, por exemplo, o anel se estenderia por dois terços de um campo de futebol.
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