O anteprojeto é o texto que será enviado aos 196 participantes na conferência ministerial de Paris, para uma discussão, a partir de 30 de novembro. "Acreditamos que fizemos enormes progressos. Agora as partes pedem que avancemos", disse Reifsnyder.
Durante 11 dias, os negociadores das 196 partes de uma nova convenção marco sobre a mudança climática se reuniram em Bonn para preparar um texto, que tem mais de 100 páginas, que propõe novas medidas para reduzir, adaptar-se e para financiar a lucha contra este problema.
A reunião de Bonn permitiu aos copresidentes propor mudanças de forma consensual, a partir das consultas de 11 grupos de trabalho. Em Bonn, eles utilizaram uma forma de trabalho que implica em uma liderança dupla de cada grupo, ou seja, dois "facilitadores" para impedir acusações de concentração de poder, revelaram os copresidentes. Os dois garantiram que o sistema foi bem recebido pelos negociadores.
Após a rodada de negociações que termina nesta quinta-feira, outras duas devem acontecer em Bonn, antes da conferência do fim do ano em Paris. "Esperamos que as partes apoiem nossa proposta", disse o representante americano. "Todo mundo sabe que em Paris teremos um pacote de negociação para adotar decisões políticas a nível de ministros, ao longo de duas semanas, começando em 30 de novembro", arriscou o colega argelino.
Paralelamente ao novo tratado, muito mais ambiciosos que o Protocolo de Kyoto, os países devem anunciar antes do encontro de Paris os compromissos de redução das emissões de gases do efeito estufa.
Quase 70% dos gases que provocam o efeito estufa são produto da combustão de energias de origem fóssil. Até o momento, apenas 40 países, incluindo os 28 membros da União Europeia, apresentaram compromissos para reduzir as emissões.