Para os pais
Coordenadora pedagógica da Escola Stance Dual, de São Paulo, Liliane Gomes conta que é necessário investir no diálogo com os pais para que eles entendam a importância das atividades livres. Na unidade, os alunos costumam ter três momentos ao longo do dia em que ficam livres. "Principalmente em relação às crianças de 5 anos, os pais ficam muito ansiosos de que eles estejam lendo e escrevendo. Precisamos de reuniões extras para que eles diminuam essa ansiedade", explica Liliane. "Quando elas brincam, aprendem a resolver os problemas. E essa é a meta da vida."
Até mesmo fora do ambiente escolar, a pressão por resultados do brincar é sentida. A pedagoga Paula Kesselman coordena o espaço Mamusca, na zona oeste da capital paulista, onde pais levam seus filhos para brincar. "Tivemos dificuldade no começo porque muitos pais nos perguntavam: ;Eles vão ficar soltos assim?;" O Mamusca mantém educadores observando ou sugerindo brincadeiras histórias, além de oficinas - que não têm horário definido. O espaço abriu ainda a Escola de Pais, para aproximar os adultos do livre brincar.
Enquanto era amarrado em uma brincadeira pelo filho Giovanni e pela amiguinha Julie, ambos de 4 anos, o engenheiro João Arantes de 50 anos, disse que sabia a importância do brincar. "Em casa, a gente faz laboratório de desenho e de massinha. A gente se diverte muito", afirmou o professor universitário. "Quero que ele tenha autonomia para decidir."
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.