Ciência e Saúde

Marte: com ajuda da Nasa, filme mostra dificuldades de missões tripuladas

Com consultoria da Nasa, o filme Perdido em Marte, que estreia no Brasil na próxima semana, fornece um bom retrato das dificuldades que as missões tripuladas ao Planeta Vermelho deverão enfrentar

Roberta Machado
postado em 27/09/2015 11:13
No filme, batatas são plantadas usando técnica estudada há anos pela Nasa

Em 1898, H. G. Wells publicou Guerra dos mundos, uma história de ficção que descreve uma invasão marciana à Terra. No romance, que seria adaptado quatro décadas depois para o rádio, na famosa transmissão feita por Orson Welles, o Planeta Vermelho seria o lar de seres acinzentados com tentáculos, munidos de avançadas máquinas de batalha. O avanço na exploração espacial do século seguinte, no entanto, logo mostraria que a busca por vida em Marte na verdade seria um desafio, e que seríamos nós os viajantes espaciais a visitar o mundo vizinho. A agência espacial norte-americana, a Nasa, já coleciona robôs em solo marciano e, atualmente, planeja a primeira missão tripulada ao planeta para a década de 2030. Essa viagem, não muito longe de se tornar realidade, serve de pano de fundo para o mais recente filme de ficção científica do diretor Ridley Scott, Perdido em Marte.

No longa, que estreia quinta-feira no Brasil, o público é apresentado à tripulação da missão Ares 3, a terceira a levar humanos ao Planeta Vermelho. Um trabalho de coleta de amostras de rotina é interrompido por uma tempestade de areia, que obriga os astronautas a encerrar a missão e voltar para a Terra. O grupo deixa para trás Mark Watney, interpretado por Matt Damon, dado como morto pelos companheiros. Mas o explorador continua vivo e se encontra sozinho em Marte, sem condições de voltar para casa, como um Robinson Crusoé moderno.

Watney está saudável e conta com um farto estoque de suprimentos, que inclui lanches como comida chinesa e suco de frutas, mas ele sabe que isso não é o suficiente. A viagem de 55 milhões de quilômetros que separa a Terra de Marte leva pelo menos 8 meses, e a Nasa ainda não sabe que ele está vivo, o que significa que ele terá de encontrar uma forma de sobreviver por muito tempo. Por sorte, o personagem é um botânico. Usando os dejetos da tripulação como fertilizante e o isolamento térmico da sua habitação provisória como estufa, ele consegue criar uma plantação de batatas no solo marciano.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação