postado em 14/12/2015 06:00
Belo Horizonte ; Herpes quase sempre nos lembra as pequenas bolhas em torno dos lábios que incomodam pela vermelhidão, pela ardência, pela coceira e pelo constrangimento. Mas esse é apenas um dos tipos da doença, causada por um vírus que parece banal, mas pode evoluir se não combatido. O dermatologista Walmar Roncalli de Oliveira, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC/FMUSP), explica que o herpes labial, o genital e o zóster são provocados por uma classe de micro-organismos chamada herpes vírus humanos (HSV), mas, apesar de apresentarem mecanismos de ação semelhantes, guardam diferenças clínicas importantes.
O herpes simples tipo 1 está associado, principalmente, ao herpes labial, da mucosa oral e da face. O tipo 2 está mais ligado ao herpes genital. Entretanto, há casos de herpes labial associado ao herpes simples tipo 2 e vice-versa. É alta a incidência de herpes labial. Segundo Roncalli, de 20% a 40% da população mundial apresenta o problema e algumas pessoas podem sofrer vários surtos de infecções durante o ano. ;Acredita-se que 90% dos adultos apresentem sorologia positiva para o herpes simples tipo 1 (HSV-1);, diz.
O baixo nível socioeconômico está associado à alta prevalência dessa complicação. Outros fatores de risco são ser do sexo feminino, ter idade avançada e apresentar infecções frequentes do trato respiratório superior e doenças sistêmicas que diminuem a quantidade de linfócitos, as células de defesa do organismo. A primeira infecção pelo HSV-1 é mais comum em crianças e adultos jovens, mas o herpes labial recidivante atinge mais adultos.
Diversos fatores desencadeiam uma crise. As vesículas podem aparecer depois de trauma local, exposição solar intensa, febre, infecções do trato respiratório superior, período pré-menstrual, estresse psicológico, cirurgias odontológicas e procedimentos dermatológicos estéticos, como laser e dermoabrasão. ;O mecanismo exato que determina essa reativação é desconhecido, porém frequentemente associado à diminuição da resposta imunológica. Muitos casos de reativação viral, entretanto, não são associados a nenhum fator desencadeante;, explica o médico do HC/FMUSP.
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