Ciência e Saúde

Cientistas identificam área do cérebro relacionada a sensação de felicidade

O estudo pode aumentar a compreensão sobre a origem do sentimento e melhorar o atendimento a pacientes que sofrem lesões no órgão

postado em 20/12/2015 08:00
O estudo pode aumentar a compreensão sobre a origem do sentimento e melhorar o atendimento a pacientes que sofrem lesões no órgão
Já imaginou o que se passou na cabeça do brasiliense que ganhou sozinho a bolada de R$ 205 milhões da Mega-Sena algumas semanas atrás? Bem, pesquisadores japoneses não podem assegurar quais pensamentos ele teve, mas de uma coisa estão certos: naquele dia, o sortudo passou a apresentar uma atividade muito mais intensa na região cerebral chamada precuneus, localizada no lóbulo parietal. Segundo um recente estudo desses cientistas, é nessa área que a felicidade fica armazenada.

O estudo da Universidade de Kyoto, no Japão, publicado na revista Nature Scientific Reports, avança significativamente na busca por desvendar os fatores neurológicos implicados no que os especialistas chamam de felicidade subjetiva. Os autores explicam que esse sentimento é como uma balança na qual as experiências prazerosas pesam mais do que as desagradáveis, sendo ;subjetivo; porque essas vivências têm de ser percebidas para que o misto de prazer e satisfação com a vida apareça.

Para investigar o que significa ser feliz em termos neurológicos, um time da Universidade de Kyoto contou com a ajuda de 51 voluntários, sendo 26 mulheres e 25 homens, com idade entre 22 e 27 anos. Os pesquisadores escanearam o cérebro de cada participante por meio de ressonância magnética e pediram para que avaliassem o próprio nível de felicidade, por meio de um formulário no qual deviam concordar ou não com afirmações como ;Em geral, considero-me uma pessoa muito feliz; e ;Não me considero feliz;.

A comparação dos resultados mostrou que os indivíduos que tinham se autoavaliado como mais felizes e satisfeitos com a vida possuíam o precuneus maior. ;Ainda não sabemos exatamente o que acontece no precuneus para que ele tenha mais massa cinzenta, mas tanto o número de neurônios quanto a ramificação dendrítica podem contribuir para que ocorra um aumento de volume dessa massa;, explica, em entrevista ao Correio, Wataru Sato, neurocientista e principal autor do estudo.

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