Isabela de Oliveira
postado em 24/12/2015 06:10
Além de estados corporais internos, como os hormonais, fatores externos afetam o apetite. Cheiro, gosto, tamanho e variedade de alimentos, além do ambiente da refeição ; incluindo a atmosfera, a companhia e as distrações ;, influenciam o ato de comer. A interferência desses estímulos externos é maior para alguns indivíduos do que para outros. Aqueles com sobrepeso e obesos aparentemente seriam os mais vulneráveis. Não entre crianças, segundo pesquisadores da Universidade de Maastricht, na Holanda.Publicado na revista Appetite, o estudo investigou uma hipótese que tinha tudo para ser confirmada: meninas e meninos gordos associam festas como Natal e ano-novo à comilança mais do que os magros. Mas, na pesquisa com 111 alemães de 10 a 13 anos, os investigadores descobriram uma relação contrária surpreendente: aqueles com maior índice de massa corporal (IMC) são justamente os que menos criam expectativas em relação às refeições especiais.
;Inesperadamente, nossos resultados apontaram na direção oposta da nossa previsão. Não foram as crianças com sobrepeso e obesidade, mas seus colegas mais magros que relataram maior associações com a alimentação quando pensam em Natal, carnaval, feriados, fim de semana ou aniversários;, diz Anne Roefs, principal autora do estudo.
Em outras sondagens científicas feitas pelo grupo, participantes entre 4 a 6 anos mencionaram espontaneamente alimentos quando descreveram eventos como ir ao cinema ou a um evento esportivo. O IMC deles foi positivamente correlacionado ao número de respostas para comidas nos relatos que deram. A conclusão é de que o pensamento de situações específicas dispara ;scripts de eventos;, as expectativas sobre as festas, e que crianças gordinhas tendem a incluir, mais do que as magras, os alimentos nesses roteiros.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui