Vilhena Soares
postado em 09/02/2016 07:10
A soja pode ser um dos aliados das mulheres durante tratamentos de fertilidade. A planta, dizem cientistas dos Estados Unidos, tem potencial para agir como um escudo para os efeitos do bisfenol A (BPA). Trata-se de um componente químico muito usado na fabricação de embalagens plásticas, inclusive de alimentos, e que desregula o organismo humano, prejudicando, entre outros processos, o reprodutivo. Detalhes do estudo foram divulgados recentemente no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism e, segundo os envolvidos, as descobertas abrem um novo caminho para intervenções médicas contra a infertilidade.A motivação para a realização do estudo teve como base trabalhos indicando benefícios físicos em animais que consumiam a soja. ;Dois estudos anteriores em ratos demonstraram que os efeitos prejudiciais do BPA na reprodução poderiam ser evitados quando os roedores eram submetidos a uma dieta à base de soja. Queríamos avaliar se a interação entre a soja e o BPA também ocorria em seres humanos;, explicou ao Correio Jorge Chavarro, pesquisador da Universidade de Harvard (EUA) e um dos autores do estudo.
No experimento, os cientistas analisaram 239 mulheres, com idade entre 18 e 45 anos, que haviam sido submetidas a pelo menos um ciclo de fertilização in vitro. Por meio de amostras de urina e questionários sobre alimentação, notaram diferenças importantes entre as consumidoras regulares de soja e as que não tinham esse hábito. As do segundo grupo apresentaram níveis mais altos de BPA, taxas pequenas de implantação embrionária e menos gestações que evoluíram ao ponto de o feto ser visto em um ultrassom, além de, consequentemente, menos nascimentos.
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique