Agência France-Presse
postado em 05/03/2016 12:58
Pequim, China - A China, o país mais poluente do mundo, fará importantes esforços a favor do meio ambiente para "reduzir drasticamente a poluição e a contaminação da água", afirmou neste sábado (5/3) o primeiro-ministro, Le Keqiang. "A saúde pública e a sustentabilidade do desenvolvimento dependem da poluição e da proteção do meio ambiente", disse Li em um informe de atividade governamental ante a Assembleia Nacional Popular (ANP)."Todas as centrais térmicas deverão realizar mudanças técnicas, respeitando normas mais rígidas", anunciou Li Keqiang. As centrais que não respeitarem as normas serão "fechadas rapidamente", afirmou ante a câmara. Além disso, a criação de uma "bolsa de emissões de carbono", anunciada para 2017, fará parte do novo plano quinquenal (2016-2020).
Este mecanismo estabelecerá obrigações de redução das emissões de gás de efeito estufa e permitirá que diferentes atores (empresas ou países) comprem ou vendam quotas (uma quota corresponde a uma tonelada de carbono), segundo seus níveis de emissões. Li Keqiang também prometeu "avanços na substituição do carvão por eletricidade e gás" e "completar a política" sobre o desenvolvimento da energia eólica, solar e biomassa.
Contra a poluição, disse que a concentração de partículas de 2,5 mícrons de diâmetro (PM 2,5) - muito perigosas para a saúde - "tem que continuar caindo". "Aqueles que superarem os limites de emissões serão castigados severamente", acrescentou.
Além disso, detalhou várias medidas para economizar, como a transformação de edifícios de consumo energético, campanhas de divulgação para economizar água e reciclar os resíduos. "As indústrias do meio ambiente (...) devem se converter no pilar do desenvolvimento do nosso país", disse.