Ciência e Saúde

Esferas identificam defeitos em conexões eletrônicas e os consertam

eita de material condutor, a solução tecnológica teve como inspiração as células de defesa humana

Roberta Machado
postado em 15/03/2016 06:05
A miniaturização dos equipamentos eletrônicos levou ao desenvolvimento de componentes pequenos demais para serem manipulados por ferramentas comuns. Essa incompatibilidade acaba sendo um problema na hora de consertar algum dispositivo defeituoso, que pode acabar inutilizado pela falta de meios para o reparo. Inspirados no sistema que realiza a cicatrização do corpo humano, pesquisadores das universidades da Califórnia e de Pittsburgh, ambas nos Estados Unidos, encontraram uma solução para esse problema na forma de nanorrobôs. Assim como células brancas são atraídas para um local de infecção ou plaquetas são acionadas para parar um sangramento, as minúsculas esferas criadas pelos cientistas se encarregam de reparar defeitos eletrônicos em escalas micrométricas.

O trabalho será apresentado hoje no 251; Encontro Nacional e Exposição da Sociedade Americana de Química, em San Diego. A tecnologia bioinspirada é autônoma e tem a capacidade de detectar, encontrar e consertar defeitos microscópicos em sistemas eletrônicos em alguns minutos. As esferas servem como um tipo de remendo para conexões eletrônicas. Como elas são feitas de material condutor, elas podem recuperar a corrente elétrica interrompida ao preencherem uma falha, restaurando também o funcionamento do dispositivo danificado.

A invenção foi testada em um circuito de ouro muito fino construído sobre uma superfície de vidro. Com a ajuda de um diamante, os pesquisadores criaram uma falha na estrutura condutora. Depois, injetaram no dispositivo um verdadeiro exército de nanorrobôs, alimentados por um combustível de peróxido de hidrogênio. ;Os nanomotores nadam de forma aleatória ;patrulhando; a área e, quando encontram uma rachadura, ficam ali devido à interação entre eles e a fenda;, descreve Jinxing Li, pesquisador do Departamento de Nanoengenharia da Universidade da Califórnia que assina o trabalho.

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