postado em 17/03/2016 07:24
Só há vida na Terra graças a uma espécie de escudo invisível que protege a protege. Estudo liderado por um cientista brasileiro e publicado ontem na revista especializada The Astrophysical Journal Letters aponta que o campo magnético terrestre blindou o Planeta Azul da forte radiação emitida pelo Sol quando ele era jovem ; muito mais potente que a liberada hoje pela estrela ;, garantindo as condições necessárias para o surgimento de organismos.[SAIBAMAIS]A conclusão não se baseia na observação do Sistema Solar, mas no estudo de uma outra estrela, a Kappa Ceti, localizada a 30 anos-luz de distância. Muito parecido com o Sol, mas ainda no início da vida, o astro permite que os cientistas tenham uma boa ideia das condições às quais nosso planeta estava submetido há cerca de 4 bilhões de anos. ;Kappa Ceti representa perfeitamente o comportamento que o Sol tinha quando a vida surgiu na Terra;, explica o principal autor do estudo, José Dias do Nascimento, pesquisador no Centro Smithsonian de Astrofísica, da Universidade de Harvard, e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).
A estrela, que fica na Constelação de Cetus, tem hoje entre 400 milhões a 600 milhões de anos. Muito ativa, ela impulsiona um fluxo de plasma e de gases ionizados ; o chamado vento estelar ; 50 vezes maior do que o liberado atualmente pelo Astro Rei. Pela semelhança entre os astros, os pesquisadores podem dizer que foi sob esse ;bombardeio; que a vida começou.
Como isso seria possível, se ventos estelares tão fortes varreriam a atmosfera terrestre, tornando o planeta inabitável? A resposta: o campo magnético impediu que isso acontecesse. Os cientistas estimam que a força do escudo deveria ser pelo menos um terço da atual. ;A Terra primitiva não tinha tanta proteção como agora, mas foi o suficiente (veja infografia);, afirma Nascimento, que usou técnicas modernas como a espectroscopia e espectro polarimetria para analisar a estrela.
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