Ciência e Saúde

Brasileira propõe tratar malformações na boca com células-tronco

Pesquisadora do Rio Grande do Sul propõe nova técnica para reparar a fenda palatina e a fissura labial usando estruturas do próprio paciente. A solução é mais rápida e barata que as intervenções disponíveis

postado em 13/06/2016 06:10
Mais incidente em crianças, a leucemia linfoblástica adulta acomete células progenitoras da medula óssea

Os tratamentos disponíveis para a correção de fenda palatina e fissura labial têm um dificultador: o tempo. Só terminam depois que há a estabilização óssea da face do paciente: por volta dos 18 anos. Um trabalho desenvolvido na Universidade Federal do Rio Grande do Sul pode acelerar a recuperação sem comprometer os bons resultados, inclusive os estéticos. Priscilla Domingues M;rschb;cher propõe o uso de células-tronco. O trabalho, fruto da tese de doutorado no Programa de Pós-graduação em Ciência Veterinárias da instituição gaúcha, foi testado em suínos, com resultados animadores.

A ideia veio de um desafio que surgiu no consultório da médica veterinária. ;Uma vez, atendi um cachorro da raça lulu-da-pomerânia com uma fenda. Resolvemos utilizar malha de polipropileno para fazer a reconstituição e tivemos um bom resultado. Então, me veio a ideia de acrescentar as células-tronco a essa malha;, conta M;rschb;cher. A pesquisadora escolheu as células-tronco mesenquimais, que têm a capacidade de proliferar e formar diferentes estruturas humanas. Elas são caracterizadas pela alta plasticidade e aderência e podem ser conseguidas tanto a partir da médula óssea quanto do tecido adiposo.

Já a malha polipropileno é um material largamente utilizado para cirurgias de restauração de hérnias. Conhecido por melhorar e acelerar a cicatrização, o selante de fibrina também entrou nos testes. Na primeira etapa da pesquisa, foram colhidas ; por meio de lipoaspiração ; células-tronco do tecido adiposo de 13 porcas com 34 e 36 dias de vida. Escolheram-se essas estruturas por serem mais abundantes, de fácil aquisição e de retirada com menor risco às cobaias.

Em outro momento, os cientistas testaram em diferentes cobaias as interações entre dois tipos de telas de polipropileno: macroporosa e microporosa. Essa última foi escolhida devido à rápida aderência das células ao material. Na segunda fase do experimento, foram provocadas fendas palatinas em 12 suínos, divididos em quatro grupos, conforme o tratamento recebido: apenas a tela de polipropileno; a tela de polipropileno associada a células-tronco de origem adiposa e selante de fibrina; a tela com as células-tronco; e o polipropileno e o elante de fibrina.

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