Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Pesquisas começam a dar forma à tão sonhada medicina regenerativa

Avanços em pesquisas com células-tronco mostram que, no futuro, médicos poderão contar com estruturas fabricadas em laboratório para combater problemas como doenças cardíacas, mal de Alzheimer e infertilidade



Em um estudo publicado recentemente na revista Science, a equipe de Sheng Ding, químico na Universidade da Califórnia em San Francisco, nos Estados Unidos, transformou estruturas da pele humana em células-tronco e, depois, as reconfigurou como células musculares cardíacas. Estas, por sua vez, foram transplantadas no coração de ratos, e 97% delas começaram a pulsar, indicando um desenvolvimento total e saudável. Além disso, uma análise molecular confirmou que as células tinham propriedades cardíacas, e não epiteliais. Em um outro trabalho, o mesmo time criou células cerebrais de ratos, como neurônios oligodendrócitos e astrócitos, a partir da pele dos animais. Esse último trabalho foi publicado na revista Cell Stem Cell.

Pílula
Além dos resultados, o trabalho de Ding chama a atenção também por modificar o processo de obtenção das células-tronco. Enquanto a técnica de Yamanaka prevê a ativação de quatro genes específicos (veja infografia), o professor da Universidade da Califórnia reprograma as células adultas gradualmente, ao expô-las a um coquetel com nove compostos químicos. Depois, um outro composto é usado para criar os neurônios e células cardíacas. ;Estivemos trabalhando nisso durante anos e identificamos pequenas moléculas específicas que podem substituir genes indutores na reprogramação celular;, diz ao Correio o cientista, que considera seu método mais seguro do que o da reprogramação genética.

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