Ciência e Saúde

Estudo estima 300 anos para descobrir todas árvores da Floresta Amazônica

Ao catalogar as árvores existentes na floresta, grupo internacional de cientistas chegou a 11.676 espécies

Vilhena Soares
postado em 14/07/2016 06:10
Floresta Amazônica no Amapá: Brasil concentra 60% do bioma que tem área de 5,5 milhões de quilômetros quadrados, divididos em nove países

A maior diversidade de árvores no mundo é atrelada à Floresta Amazônica. Faltava, porém, uma constatação científica. Um grupo internacional de pesquisadores, incluindo brasileiros, acaba de fazê-la e, ao longo do trabalho, descobriu que há muito ainda a ser descoberto nesse universo verde com 5,5 milhões de quilômetros quadrados de área. ;Nossa análise sugere que existem tantas espécies de árvores amazônicas que serão necessários mais de três séculos para a descoberta de todas;, disse Nigel Pitman, pesquisador do Museu Field de História Natural, nos Estados Unidos, e um dos autores. O levantamento foi divulgado na última edição da revista Scientific Reports e, segundo os estudiosos, poderá ajudar em estratégias de preservação para a região.

Em um estudo feito em 2013, os investigadores chegaram a uma estimativa de 16 mil espécies de árvores na região, mas resolveram dar continuidade à pesquisa por terem suspeitas de que essa quantidade poderia ser maior. ;Nem todos concordaram com esse número. Então, depois de um tempo, resolvemos saciar nossa curiosidade e analisar mais amostras retiradas da área;, explicou ao Correio Hans Ter Steege, pesquisador do Centro de Biodiversidade Naturalis, na Holanda, e um dos autores do trabalho, que também contou com a participação de estudiosos do Museu Paraense Emílio Goeldi, no Brasil.

A equipe de botânicos registrou o número de espécies da Amazônia por meio da análise de mais de meio milhão de amostras coletadas entre 1707 e 2015 na região e distribuídas em coleções de museus espalhados pelo mundo. Os pesquisadores usaram dados com alto grau de confiança, como fotografias e registros digitais compartilhados por meio de um grande sistema on-line chamado IdigBio, um portal usado por cientistas, professores e alunos para auxiliar em pesquisas científicas.

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