Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Antibióticos surgem como potencial caminho para enfrentamento ao Alzheimer

O efeito dos medicamentos na microbiota de ratos reduziu a formação, no cérebro, das placas de proteínas que desencadeiam a doença neurodegenerativa



[SAIBAMAIS]Os antibióticos também diminuíram o acúmulo das proteínas amiloides na cobaias e aumentaram a atividade da microglia, o que significa uma defesa maior do corpo contra a doença neurodegenerativa. Os cientistas acreditam que as alterações detectadas podem servir de base para futuras descobertas ligadas ao Alzheimer. ;Não propomos que o uso a longo prazo de antibióticos seja um tratamento, o que é absurdo por diversas razões, mas o que esse estudo faz é nos permitir explorar ainda mais essa área, já que mudar a população microbiana do intestino mostrou, em camundongos, uma queda de amiloide;, ressaltou, em comunicado, Myles Minter, pesquisador no Departamento de Neurobiologia da Universidade de Chicago e um dos autores do estudo.

Sisodia ponderou ainda que o Alzheimer começa a alterar o organismo no paciente por muito tempo, ultrapassando etapas da vida. ;Nós sabemos que há mudanças que ocorrem no cérebro e no sistema nervoso central de 15 a 20 anos antes do surgimento dos sintomas. Temos de encontrar formas de intervir quando um paciente começa a mostrar sinais clínicos. Se pudermos aprender como as mudanças nas bactérias do intestino afetam o início e a progressão ou como as moléculas interagem com o sistema nervoso, poderíamos usar essa base para criar um tipo de medicina personalizada;, cogitou.

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