Ciência e Saúde

Nova descoberta ajuda cientistas a decifrar nossa origem astronômica

Cientistas descobrem que o aglomerado de astros Terzan 5 pode ter se unido à galáxia de que faz parte a Terra no início da sua formação e resistido até hoje. A descoberta ajuda a decifrar a nossa origem astronômica

Vilhena Soares
postado em 08/09/2016 06:10
Descoberto há cerca de 40 anos, o Terzan 5 está a 19 mil anos-luz da Terra e sofreu ao menos duas grandes explosões de formação estelar
A origem da Via Láctea, galáxia em que residem a Terra e o resto do Sistema Solar, intriga estudiosos e interessados em astronomia. Busca-se descobrir os segredos da formação desse conjunto de estrelas há muitos anos. Um estudo internacional traz mais elementos para sanar esse enigma. Investigadores analisaram a formação de Terzan 5, um aglomerado globular que teria se unido à Via Láctea em seu início e contribuído para seu tamanho extenso. Em um estudo publicado na revista Astrophysical Journal, eles apresentam detalhes da composição desse fóssil vivo da nossa galáxia que justificam a hipótese.

Terzan 5 está localizado a 19 mil anos-luz da Terra, na constelação de sagitário, região na área central da Via Láctea, chamada bojo. Apesar de ser conhecido pelos investigadores há cerca de 40 anos, a composição desse aglomerado globular não havia sido analisada. Com o uso de telescópios modernos ; como o Very Large Telescope (VLT), um dos maiores aparelhos utilizados para a visualização do espaço, localizado no Chile ; e câmeras a bordo do telescópio espacial Hubble, os cientistas observaram que o fóssil tem dois tipos de estrelas, com elementos distintos e uma diferença de idade de cerca de 7 bilhões de anos.

Essa discrepância de idade mostra que o processo de formação das estrelas que compõem o fóssil não foi contínuo, ocorreu devido a duas explosões distintas. ;Isso quer dizer que o Terzan 5 teria grande quantidade de gás para que ocorresse uma segunda geração de estrelas. Ele seria muito grande e teria pelo menos 100 milhões de vezes a massa do Sol;, detalhou, em comunicado à imprensa, Davide Massari, um dos autores e pesquisador da Universidade de Groningen, na Holanda.

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