Ciência e Saúde

Incidência de depressão é maior em mães de filhos prematuros

Estudo americano mostra que a incidência da doença é quase o dobro nas mães de bebês que demandam muito cuidado médico após o parto. Entre os fatores desencadeantes, está a diminuição da percepção de bem-estar e de conforto com o filho

postado em 14/09/2016 06:10
Estudo americano mostra que a incidência da doença é quase o dobro nas mães de bebês que demandam muito cuidado médico após o parto. Entre os fatores desencadeantes, está a diminuição da percepção de bem-estar e de conforto com o filho
Por dia, 41.095 bebês nascem antes de completar 37 semanas de gestação, estima a Organização Mundial da Saúde (OMS). Primeira causa de mortalidade de meninos e meninas com menos de 5 anos, a prematuridade também é responsável por problemas visuais e auditivos e incapacidades de aprendizagem. Um estudo da Warren Alpert Medical School, da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, traz o impacto do parto antecipado nas mães. Segundo pesquisa divulgada na última edição do The Journal of Pediatrics, a incidência da depressão pós-parto nessas mulheres chega a ser o dobro da registrada entre as que chegaram ao fim recomendado da gravidez.

[SAIBAMAIS]Os cientistas observaram que as condições são piores para aquelas cujos filhos precisam ser assistidos em unidades de terapia intensiva (UTI) e quando há a ocorrência de problemas psiquiátricos antes do parto e/ou da gravidez. ;Descobrimos que mulheres com um distúrbio de saúde mental prévio experimentam percepções negativas sobre elas próprias e os filhos no momento da alta da UTI independentemente da idade gestacional do recém-nascido no momento do nascimento;, explicou, em comunicado à imprensa, Katheleen Hawes, autora principal da pesquisa.

O estudo foi feito com 724 mães de bebês prematuros, cuidados por mais de cinco dias em UTIs. As mulheres frequentaram um programa de transição, com especialistas, antes de levarem as crianças para casa. Um mês depois, participaram de uma atividade que avaliou a percepção delas sobre o suporte profissional na UTI; o bem-estar infantil e materno, incluindo aptidão emocional e habilidades práticas; e o conforto materno, ligado a preocupações com o bebê. O histórico de saúde mental e o risco social das participantes, incluindo, por exemplo, questões econômicas, também foram considerados pelos pesquisadores.

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