Ciência e Saúde

Estudo aumenta esperanças de astrônomos estudarem o oceano em Júpiter

Imagens sugerem que vapor d'água é lançado no espaço por Europa, uma das luas de Júpiter. A observação aumenta a esperança de astrônomos estudarem o oceano subterrâneo existente no satélite, um dos locais com maior chance de abrigar organismos alienígenas

Humberto Rezende
postado em 27/09/2016 10:27
Imagens sugerem que vapor d'água é lançado no espaço por Europa, uma das luas de Júpiter. A observação aumenta a esperança de astrônomos estudarem o oceano subterrâneo existente no satélite, um dos locais com maior chance de abrigar organismos alienígenas
Em 1610, Galileu Galilei posicionou seu telescópio em direção a Júpiter e notou quatro pequenos pontos de luz que acompanhavam o maior planeta do Sistema Solar. O astrônomo percebeu os pontos eram luas, mas certamente não imaginava que acabara de descobrir o objeto onde o homem poderia, um dia, confirmar a existência de vida alienígena. Passados mais de quatro séculos, cientistas apresentaram, ontem, novas evidências de que Europa, o menor dos quatro satélites observados pelo astrônomo italiano, contém em seu interior um imenso oceano com possibilidade de abrigar organismos biológicos. E o mais importante: colher amostras desse mar subterrâneo e analisá-lo pode ser mais fácil do que se pensava.

O que pesquisadores ligados à agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, mostraram foram imagens colhidas com o telescópio espacial Hubble, nas quais é possível ver erupções que, muito provavelmente, são vapores d;água sendo lançados na atmosfera de Europa.

Esse dado é crucial porque, além de trazer mais convicção sobre a existência do oceano, dá aos cientistas a chance de acessá-lo sem precisar pousar uma nave no satélite e, depois, perfurar uma camada de gelo cuja espessura é desconhecida. Basta fazer com que uma sonda, ao sobrevoar a lua, passe pelas plumas de vapor, coletando parte do líquido. ;Essas plumas de vapor, caso realmente existam, podem fornecer uma maneira de colher amostras do subsolo do satélite;, disse, em uma coletiva de imprensa transmitida pela internet, Geoff Yoder, administrador associado do Diretório de Missões Científicas da Nasa.

Sinais crescentes

As evidências de que Europa abriga um oceano sob a imensa camada de gelo que a recobre começaram a surgir nos anos 1960, quando análises do espectro de luz sobre o planeta mostraram que, pelo menos, havia água em estado sólido sobre sua superfície. A convicção dos cientistas, porém, só começou a se formar em 1995, quando a sonda Galileu, lançada seis anos antes, chegou a Júpiter para explorar o planeta e seus satélites.

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