Jornal Correio Braziliense

Ciência e Saúde

Novo exame mostra nível de açúcar presente no sangue nas últimas semanas

Informação mais abrangente poderá melhorar as opções de tratamento; teste foi desenvolvido por pesquisadores dos EUA



Eles descobriram que a idade das células vermelhas do sangue podem funcionar como uma fonte principal de variação de HbA1c. Isso porque a hemoglobina presente nas células vermelhas do sangue recolhe mais açúcar à medida que essas estruturas envelhecem. Segundo o trio, a solução oferece informações sobre o controle do açúcar no sangue em um período de três meses, permitindo, assim, a comparação de resultados e até mesmo a realização de projeções. ;Para o controle efetivo do diabetes, precisa-se saber qual o nível de açúcar no sangue do último exame;, disse Higgins, patologista clínico da instituição norte-americana. ;A prova de HbA1c oferecerá a primeira estimativa do nível de açúcar no sangue de um paciente ao largo de várias semanas.;

Quando testaram o método em 200 voluntários, os cientistas perceberam que ele reduziu a taxa de erro de um em três pacientes com o teste padrão de sangue para um em 10. A expectativa é de que, com o desenvolvimento do exame, chegue-se a uma abordagem bastante personalizada de monitoramento e de tratamento da doença. ;O que consideramos atualmente como padrão ouro para a estimativa de glicose no sangue não é tão preciso quanto deveria ser;, disse Higgins. ;Nosso trabalho não só identifica a raiz da imprecisão, mas também oferece uma maneira de contorná-la;

No novo modelo, haverá também a possibilidade de os pacientes usarem um monitor de glicose por algumas semanas para ter o nível de açúcar controlado como uma linha de base, permitindo, assim, que os médicos calculem a idade média das células vermelhas do sangue. ;Os resultados do teste poderão ser ajustados para levar em consideração a idade dos glóbulos vermelhos e obter um resultado que reflita com mais precisão os níveis reais de açúcar no sangue, o que permitira ajustar o tratamento;, complementou Higgins.

Sesta

Outra forma de controlar a doença metabólica, o tipo 2 do diabetes, é não exagerar naquela tentadora sonequinha depois do almoço. A solução foi apresentada durante o congresso da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EASD) na Alemanha no mês passado. Segundo cientistas da Universidade de Tóquio, se durar mais de uma hora, a sesta pode aumentar em 45% o risco de desenvolvimento da doença.

Para chegar ao número, os estudiosos compilaram 21 estudos sobre a doença. Juntos, os trabalhos envolveram mais de 300 mil pessoas. A equipe japonesa concluiu que as pessoas que fazem sestas de até 40 minutos não são mais afetadas pelo diabetes do que a média. A frequência, porém, aumenta progressivamente até chegar a uma diferença significativa depois de uma hora de descanso. As razões dessa maior vulnerabilidade, no entanto, não foram identificadas.

A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique .