Ciência e Saúde

Agência Espacial Europeia não sabe se módulo sobreviveu ao pouso em Marte

A sonda e o módulo de pouso "Schiaparelli" constituem a primeira etapa da ExoMars, uma ambiciosa missão científica russo-europeia dividida em duas fases (2016 e 2020) que pretende buscar indícios de vida em Marte

Agência France-Presse
postado em 20/10/2016 09:24
Darmstadt, Alemanha - A sonda europeia enviada a Marte conseguiu enviar informações antes de pousar no planeta vermelho, mas a Agência Espacial Europeia (ESA) afirmou nesta quinta-feira ignorar se o módulo sobreviveu à manobra. "Não temos como determinar as condições dinâmicas nas quais o módulo tocou o solo", afirmou em uma entrevista coletiva o diretor das missões solares e planetárias da ESA, Andrea Accomazzo.

Ele disse que será necessária uma análise mais profunda das informações enviadas para "saber se sobreviveu estruturalmente ou não". O diretor geral da ESA, Jan Woerner, celebrou o sucesso da operação para colocar em órbita a nave TGO, "que está agora pronta para as atividades científicas e para enviar os dados que necessitamos para a missão em 2020".

"A missão é um sucesso e dispomos das funções que necessitamos para a missão em 2020", insistiu. Mas os diretores da ESA reunidos no centro de controle de Darmstadt (Alemanha) admitiram que durante a manobra do módulo de pouso, justamente após a abertura do paraquedas quase 50 segundos antes de tocar o solo, "os dados recebidos não foram os esperados".



De acordo com Accomazzo será necessário "certo tempo para avaliar o que aconteceu". "Tudo foi normal até a última parte, quando o paraquedas abriu", disse o italiano. A sonda e o módulo de pouso "Schiaparelli" constituem a primeira etapa da ExoMars, uma ambiciosa missão científica russo-europeia dividida em duas fases (2016 e 2020) que pretende buscar indícios de vida atual e passada em Marte.

Esta é a segunda vez que a Europa tenta conquistar Marte. Em 2003, a sonda Mars Express liberou o pequeno robô Beagle 2, de concepção britânica, mas o módulo nunca deu sinais de vida. Os cientistas sabem desde 2015 que pousou, mas que estava danificado.

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