Em pleno outono no Hemisfério Norte, a Região Ártica vem registrando temperaturas recordes e um retrocesso sem precedentes dos bancos de gelo. Especialistas alertam que a área está imersa em um ;círculo vicioso; que deve se tornar cada vez mais frequente em razão do aquecimento resultante das mudanças climáticas.
Divulgado ontem, o Relatório de Resiliência do Ártico, elaborado por especialistas de 11 organizações, aponta 19 ;pontos de inflexão;, onde o degelo teria consequências globais. ;Cerca de zero graus Celsius no Polo Norte, ou seja, 20;C acima da média!”, advertiu na semana passada o Instituto Meteorológico Dinamarquês (DMI). No último mês, o termômetro se manteve entre 9;C e 12;C acima da média para esse período.
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[SAIBAMAIS]Os reflexos dessa situação são gritantes. Os bancos de gelo estão nos níveis mais baixos, em uma região cujo clima tem um grande impacto em todo o planeta e que se aquece duas vezes mais rápido que o resto do mundo. No fim do verão, a superfície dos gelos árticos era a segunda menor já registrada (4,14 milhões de km2), atrás somente da constatada em 2012, de acordo com informações do Centro Nacional de Dados de Gelo e Neve (NSIDC) dos Estados Unidos. Nesse ritmo, a camada de gelo polar pode desaparecer completamente no verão do Hemisfério Norte a partir de 2030.
No mês passado, com o início do outono, a área gelada aumentou para 6,4 milhões de km2, o equivalente a um terço da média de 1981-2010. Segundo os especialistas, trata-se da menor superfície para essa estação desde o início dos registros por satélite, em 1979.
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