Lembrar a hora de um compromisso, o nome de um conhecido recente ou um endereço da loja visitada há poucos dias são exemplos de memória de curto prazo, também chamada de memória do trabalho. Acredita-se que essa recordação cotidiana seja mantida pelo cérebro apenas pela ativação de neurônios, mas estudo publicado na última edição da revista Science traz uma nova abordagem. Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que outras regiões cerebrais estão ligadas a esse tipo de recordação e que há, inclusive, a possibilidade de reavivá-lo por meio de estimulação magnética. Os achados, acreditam, poderão ajudar em tratamentos de problemas de saúde, como o Alzheimer.
O trabalho partiu de um experimento anterior em que a mesma equipe observou que a atividade dos neurônios durante a ativação da memória curta desaparecia. ;Queríamos medir como a força de atividade de uma memória pode variar para que uma lembrança ocorra. Para a nossa surpresa, durante os experimentos, vimos que atividade da memória de trabalho não diminuiu apenas, ela desapareceu;, explica ao Correio Bradley Postle, um dos autores e pesquisador da Universidade de Wisconsin-Madinson. O trabalho contou com a participação de cientistas da Universidade de Notre Dame, também dos Estados Unidos.
No experimento novo, para entender a fundo esse mecanismo, voluntários foram expostos a estímulos de memória curta: viram imagens de um rosto e de uma palavra enquanto eram analisados por meio de um software que mapeava a atividade cerebral deles. Após a exibição das imagens, os participantes foram distraídos, o que fez com que a atividade cerebral ligada à memória curta desaparecesse. Mas, ao serem perguntados sobre o que viram, os participantes conseguiam lembrar das figuras mesmo sem a ativação no cérebro ter sido registrada pelo equipamento.
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