Ciência e Saúde

Estudo diz que ambiente de trabalho sem divisórias comprometem produção

Pesquisa japonesa afirma que ambientes de trabalho com poucas ou nenhuma divisória, apesar de contribuírem para maior interação e colaboração entre os profissionais, interferem no desenvolvimento de atividades que exigem aprendizado e concentração

Victor Correia*
postado em 10/12/2016 07:00
Estudo diz que ambiente de trabalho sem divisórias comprometem produção
A tendência atual no design de escritórios é o modelo chamado de open space, que possui poucas ou nenhuma divisória entre os ambientes de trabalho. Segundo Inés Méndez, gerente de marketing da Gensler, empresa americana de design de interiores, ;esse tipo de configuração do espaço aumenta a interação e a colaboração entre as equipes e fornece melhor distribuição do espaço e da iluminação natural em ambientes maiores;.

Apesar dos benefícios desse modelo, um novo estudo, divulgado durante o 5; Encontro Conjunto das Sociedades Acústicas da América e do Japão, sugere que as conversas no ambiente de trabalho podem diminuir a performance dos demais funcionários que estiverem por perto, mais do que outros barulhos típicos de um escritório, como o do ar-condicionado e o dos teclados. O encontro aconteceu em Honolulu, no Havaí, entre 28 de novembro e 2 de dezembro.

Os experimentos utilizaram o método paradigma oddball. Trata-se de um teste feito para medir a atenção seletiva e a habilidade de processar informações dos participantes. ;No paradigma oddball, os voluntários devem contar eventos raros misturados a uma série de eventos repetitivos;, disse o líder da pesquisa, Takahiro Tamesue, professor associado da Universidade Yamaguchi, no Japão. Em seu laboratório, o professor estuda os efeitos fisio e psicológicos do som para criar ambientes acústicos de maior qualidade.

Em um dos testes, os participantes observaram figuras geométricas que apareciam rapidamente na tela de computador, enquanto ouviam ora um ruído parecido com estática, ora vozes humanas. A imagem mais rara no experimento era um quadrado vermelho, presente na tela 20% das vezes, enquanto a figura mais comum era um quadrado verde.
*Estagiário sob supervisão de Carmen Souza
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