postado em 22/12/2016 06:00
Um estudo publicado na revista Proceedings of National Academy of Sciences (Pnas) descreveu a identificação de um gene que aumenta o risco de artrite reumatoide severa em indivíduos suscetíveis à doença. A descoberta poderá levar ao desenvolvimento de tratamentos baseados no perfil genético dos pacientes, de acordo com os pesquisadores da Universidade de Yale.
Para compreender melhor o mecanismo da doença autoimune, o professor de medicina Richard Bucala se focou em variantes do gene MIF, associado à forma severa da artrite. A equipe do pesquisador, então, conduziu experimentos com células retiradas das articulações de pessoas que tinham uma expressão alta da variante do MIF ou, ao contrário, apresentavam uma mutação que expressa pouco o gene e, portanto, parecem protegidas contra a enfermidade crônica. Os cientistas descobriram que, no primeiro caso, havia um aumento na atividade de uma proteína chamada CD44, além da indução de mudanças estruturais da proteína, que normalmente ocorrem em tecidos cancerosos. Essas propriedades levaram à destruição das juntas reumáticas.
;Nós mostramos que a presença da variante de alta expressão levou a uma produção maior do MIF e a alterações estruturais na superfície de uma proteína da célula que há tempos é associada a cânceres invasivos;, explica Bucala. ;A expressão aumentada do gene de risco ajuda a explicar as propriedades semelhantes às do câncer verificadas nas articulações reumáticas;, diz.