Descoberto em 1880, o parasita que causa a malária jamais foi vencido pelo homem. Embora exista tratamento para a doença, até hoje a única forma de prevenção é usar mosquiteiros banhados em inseticida, medida que pode não funcionar para toda a população em risco, estimada em 50% do planeta. Não à toa, em 2015 a Organização Mundial da Saúde contabilizou 214 milhões de casos e 438 milhões de mortes associadas à enfermidade, endêmica na região Norte do Brasil. Agora, cientistas do Centro de Pesquisas de Doenças Infecciosas (CIDR) e do Centro de Pesquisas Fred Hutchinson, ambos nos Estados Unidos, anunciaram um avanço no desenvolvimento de uma vacina contra o mal.
Na edição de hoje da revista Science Translational Medicine, os pesquisadores descreveram uma técnica que utiliza parasitas atenuados geneticamente. A intervenção, além de se mostrar segura e bem tolerada pelo organismo, estimula a resposta imunológica necessária para que, mesmo se picada pelo mosquito infectado, a pessoa não desenvolva a doença. Já existe uma vacina contra a doença, com aplicação em programa-piloto prevista para 2018 na África Subsaariana. A proteção que ela oferece, contudo, é parcial, e estudos recentes demonstraram que a substância vai perdendo a eficácia com o tempo.
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;Para eliminar a malária por completo, necessitamos de uma vacina efetiva;, diz Sebastian Mikolajczak, pesquisador do CIDR e líder do estudo. De acordo com ele, a nova substância está na ;linha de frente; do desenvolvimento de uma vacina contra malária. Depois de ser investigada com sucesso em modelos animais, a substância passou no teste de segurança ; o estudo publicado hoje se baseia nos resultados do ensaio clínico de fase 1, quando se verifica, em humanos, se o composto é bem tolerado pelo organismo.
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