Ob e s i d a d e e asma em crianças é uma combinação de complicações que intriga médicos, mas ainda carente de a científica. Um estudo divulgado ontem, na versão on-line da revista American Journal of Respiratory and Critical Medicine, traz dados que podem direcionar novas investigações e levar à constatação de uma vulnerabilidade que cuidado. Após analisar 2.171 meninos e meninas com idade entre 5 e 7 anos, cientistas concluíram que aquelas com a doença respiratória têm 51% mais chances de ficar obesas na infância e na adolescência.
;Asma e obesidade, muitas vezes, ocorrem juntas na criança. Mas não está claro que as que têm asma apresentam um risco maior de se tornarem obesas ou se crianças desenvolvem asma. Nossas descobertas adicionam à literatura médica que um stórico de asma precoce na infância pode aumentar o risco de obesidade ressalta, em comunicado, Chen Zhanghua, pesquisador da Universidade do Sul da Califórnia, nos Estados Unidos, e líder do estudo.
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[SAIBAMAIS]As crianças participantes estavam matriculadas no jardim da infância e na primeira série do ensino fundamental e foram analisadas por até 10 anos ; 6,9 anos em média. No início da pesquisa, 13,5% tinham asma e, durante o acompanhamento, 15,8% desenvolveram obesidade. Os pais e os filhos também responderam a questionários sobre fatores sociodemográficos, histórico de doença respiratória na família, padrões de atividade física e exposição ao fumo em casa, entre outros fatores. Os pesquisadores confirmaram os resultados em um grupo crianças da 4; série do ensino fundamental, acompanhadas até o ensino médio.
Uma das hipóteses levantadas pelo cientista para a ligação entre asma e excesso de peso é que a primeira pode causar menos vontade de se exercitar. ;Parte do problema pode ser um ciclo vicioso, em que asma e obesidade afetam negativamente umas às outras. Nossos resultados também sugerem que inaladores de asma podem ajudar a prevenir a obesidade em crianças. Embora essa observação mereça mais estudo, é interessante que a correlação existe independentemente da prática de atividade física;, diz Frank Gilliland, autor sênior do estudo.