Ciência e Saúde

Calvície tem cura? Pesquisadores descobrem vilões da queda de cabelo

Os resultados podem ajudar a apontar subgrupos da população para os quais a chance de calvície é mais alta

postado em 01/03/2017 10:00
Os resultados podem ajudar a apontar subgrupos da população para os quais a chance de calvície é mais alta

Um estudo genético da calvície identificou quase 300 regiões do DNA envolvidas com essa condição comum, mas que costuma incomodar bastante. As variantes poderiam ser usadas para predizer a chance de uma pessoa sofrer de perda severa de cabelo. O artigo, conduzido por pesquisadores da Universidade de Edimburgo, foi publicado na revista Plos Genetics.

Antes desse trabalho, poucos genes relacionados à calvície haviam sido identificados. Agora, os pesquisadores de Edimburgo examinaram dados genômicos de saúde de 52 mil homens, participantes do UK Biobank, um amplo banco de informações sobre o DNA da calvície. Os cientistas identificaram 287 regiões associadas à condição. Em seguida, eles criaram uma fórmula para tentar predizer o risco de uma pessoa perder os cabelos, baseada na presença ou na ausência de alguns marcadores genéticos. Os resultados, de acordo com o artigo, ainda não se aplicam a riscos individuais, mas podem ajudar a apontar subgrupos da população para os quais a chance de calvície é mais alta.

[SAIBAMAIS]Essa é a maior análise genética dos padrões masculinos da calvície e muitos dos genes identificados se relacionam à estrutura e ao desenvolvimento capilar. As variantes poderiam fornecer possíveis alvos para a pesquisa de drogas que tratem a perda de cabelo ou condições associadas. ;Encontramos centenas de novas sinalizações genéticas. Foi interessante descobrir que muitas delas, no caso da calvície masculina, vêm do cromossomo X, que os homens herdam de suas mães;, observa Saskia Hagenaars, estudante de PhD do Centro de Envelhecimento Cognitivo e de Epidemiologia Cognitiva da Universidade de Edimburgo.

;Nesse estudo, os dados coletados referem-se ao padrão de perda de cabelo, mas não falam nada sobre a idade em que isso acontece. Podemos esperar encontrar uma relação genética muito mais forte se conseguirmos identificar aqueles com calvície precoce;, acredita David Hill, coautor do trabalho. Segundo o principal investigador, Riccardo Marioni, ainda se está longe de traçar o risco de um indivíduo perder os cabelos. ;Mas esses resultados nos colocam mais próximos disso. Eles abrem caminho para uma compreensão melhor das causas genéticas da calvície.;

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