Ciência e Saúde

Teste mais preciso de detecção do HIV residual é desenvolvido nos EUA

O novo exame é mais barato e rápido do que os atuais

Ana Carolina Fonseca*
postado em 30/05/2017 17:08
O novo exame é mais barato e rápido do que os atuais
Os pesquisadores da faculdade de Saúde Pública da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, revelaram nesta semana o sucesso de um novo teste para detectar quantidades residuais do vírus HIV em pacientes considerados quase curados. Atualmente, os tratamentos antirretrovirais são tão avançados que conseguem reduzir muito a incidência do vírus nas células, chegando a apenas uma infecção entre milhões de células, mas ainda é possível que o HIV dormente ; chamado de reservatório ; volte à ativa.
Depois que o tratamento funciona, saber se o HIV residual pode de fato replicar o vírus e causar um relapso é fundamental para a saúde do paciente. E é justamente isso que o novo teste faz: ele detecta um gene que só é ativado quando o HIV de replicação está presente.
"Com esse teste, demonstramos que pacientes do tratamento antirretroviral, sem sintomas carregam um reservatório de HIV muito maior do que previsto antes", explica o principal autor do estudo, Phalguni Gupta, professor do departamento de Doenças Infecciosas e Microbiologia da universidade.
;Em todo mundo, há esforços consideráveis para curar pacientes de HIV achando jeitos de erradicar esse reservatório latente do vírus que teimosamente persiste em pacientes, apesar das melhores terapias;, complementa Gupta.
O exame, chamado de TZA, custa um terço do preço do atual (o Q-VOA), fica pronto em apenas uma semana e requer uma quantidade menor de sangue. O estudo foi publicado na revista Nature.
*Estagiária sob supervisão de Anderson Costolli

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