Ciência e Saúde

Pessoas com mais instrução têm menos risco de sofrer depressão

Esta conclusão se baseia em uma pesquisa realizada em 2014 em vários países europeus, cujos resultados foram publicados este ano

Agência France-Presse
postado em 13/09/2017 09:38
Esta conclusão se baseia em uma pesquisa realizada em 2014 em vários países europeus, cujos resultados foram publicados este anoParis, França - O risco de depressão é menor entre as pessoas com nível mais alto de instrução, aponta o informe anual da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE) sobre a educação. Segundo o relatório, indivíduos com mais diplomas têm melhores oportunidades de trabalho, o que "reduz a ansiedade".

As pessoas com mais instrução têm "uma taxa de mortalidade menor e uma expectativa de vida mais alta", destaca o informe "Panorama da Educação 2017" da OCDE, publicado nesta terça-feira. Os dados coletados pelo organismo mostram que a educação pode contribuir para combater a depressão. "Os indivíduos com mais instrução têm, em geral, melhores oportunidades de trabalho", o que diminui "a ansiedade e a depressão".

Esta conclusão se baseia em uma pesquisa realizada em 2014 em vários países europeus, cujos resultados foram publicados este ano. Nestes países, 8% das pessoas com idades entre 25 e 64 anos afirmam ter sofrido depressão nos últimos 12 meses. E "a incidência da depressão declarada pelos interessados varia sensivelmente em função do nível de formação".

Em média, o percentual de pessoas com depressão é duas vezes maior entre os adultos sem diplomas da segunda metade do Ensino Médio (12%). A diferença chega a 3 pontos percentuais entre as pessoas que têm um diploma de bacharel e as que têm instrução superior.

"O percentual de adultos que afirmam sofrer depressão diminui sucessivamente em função do nível de formação", afirma o estudo. A educação "contribui para o desenvolvimento de uma série de habilidades", mas estas não têm o mesmo impacto sobre a depressão, diz o informe.

"A construção de habilidades sociais e emocionais, como a autoestima, tem mais impacto do que a aquisição" de competências matemáticas, ou literárias. A pesquisa mostra que o percentual de mulheres que declaram sofrer depressão é superior ao dos homens, mas "diminui de forma mais forte do que o dos homens em função do nível de formação".

Embora a depressão tenha múltiplas causas, seu risco aumenta com o desemprego, ou a inatividade, duas situações que podem levar à solidão e a problemas financeiros. "Aumentar o nível de capacitação dá às pessoas ferramentas melhores para lidar com este fator de risco", conclui a OCDE.

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