Ciência e Saúde

OMS vai monitorar oferta de tratamentos contra a demência

"Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demência a cada ano, sendo 6 milhões em países de renda baixa e média", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS

postado em 08/12/2017 06:00
Com a expectativa de que, em 2050, o número de pessoas vivendo com demência triplique, passando para 152 milhões, a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou ontem a plataforma mundial online Observatório Global de Demência. A ideia é acompanhar a oferta de serviços voltados a indivíduos que sofrem do problema, assim com a suas famílias.

;Quase 10 milhões de pessoas desenvolvem demência a cada ano, sendo 6 milhões em países de renda baixa e média;, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS. ;O sofrimento resultante disso é enorme. Estamos soando o alarme: devemos dar uma atenção muito maior a esse desafio crescente e garantir que todas as pessoas vivendo com demência, independentemente de onde vivam, tenham os cuidados que precisam.;

O custo estimado anual global com a demência é US$ 818 bilhões, equivalente a mais de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. Esse valor inclui gastos médicos diretos, serviço social e tratamentos informais. Em 2030, as despesas devem mais que dobrar, passando para US$ 2 trilhões, o que pode sobrecarregar a economia, especialmente dos países em desenvolvimento. O Observatório Global de Demência vai monitorar a presença de políticas e planos nacionais, medidas de redução de risco e fornecimento de cuidados e tratamento. As informações sobre sistema de vigilância e da carga da doença também estão incluídas.

Por ora, a OMS coletou dados de 21 países de todos os níveis de renda. O Brasil ainda não foi incluído no mapeamento. Até o fim de 2018, a expectativa é de que 50 nações contribuam com os dados. Os resultados iniciais indicam que uma grande proporção de países já tenham ações em áreas como planejamento, prevenção e educação, além de programas para suporte e treinamento de cuidadores. Todas essas atividades são recomendadas pelo plano de ação global da OMS.

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