O lançamento, no domingo (7/1), de um satélite-espião do governo dos Estados Unidos transcorreu normalmente, assegurou nesta terça-feira (9/1) a empresa SpaceX, depois que a imprensa reportou a perda do aparelho.
"Depois de examinar todos os dados de voo até agora, o foguete lançador Falcon 9 realizou corretamente todas as manobras na noite de domingo. Se depois de uma análise adicional, nós ou terceiros descobrirmos que não é assim, avisaremos de imediato", anunciou Gwynne Shotwell, diretora-geral da SpaceX, em um comunicado.
"As informações publicadas contra esta declaração são categoricamente inexatas", insistiu, acrescentando que devido à "natureza secreta da carga, a SpaceX não pode informar mais".
Citando fontes governamentais e industriais não identificadas, o Wall Street Journal escreveu na terça-feira que o satélite Zuma, construído pelo fabricante americano Northrop Grumman, não teria alcançado a órbita prevista porque não se separou corretamente do estágio superior do foguete e caiu novamente na atmosfera.
Segundo o jornal, os membros do Senado e da Câmara de Representantes foram informados da perda deste aparelho de "bilhões de dólares".
De acordo com Shotwell, "visto que a revisão dos dados do lançamento não deu até este momento nenhum problema de concepção, nem de funcionamento, como tampouco a necessidade de fazer mudanças, não prevemos nenhuma alteração no calendário dos nossos lançamentos".
Vinte e quatro horas depois do lançamento, de Cabo Cañaveral, na Flórida, o Comando Estratégico do Pentágono - que rastreia todos os satélites comerciais, científicos e de segurança nacional, assim como dejetos orbitais - não tinha atualizado seu catálogo com Zuma.
"Não temos nada a acrescentar ao catálogo de satélites neste momento", escreveu o capitão da Marinha Brook DeWalt, porta-voz do comando, em e-mail a um veículo americano.
A SpaceX destacou também na terça-feira que os preparativos para o primeiro voo de seu lançador super-pesado, o Falcon Heavy, previsto para o fim de janeiro de Cabo Cañaveral continuavam normalmente.
Equipado com 27 motores que produzem mais força que 18 aeronaves Boeing 747, será o foguete mais potente do mundo e será usado nas missões para a Lua e Marte.
O lançamento de Zuma, no domingo, foi o primeiro do grupo de Elon Musk em 2018, depois de um recorde de 18 em 2017. Está previsto que o aparelho acelere o ritmo em 50% este ano, realizando de 25 a 30 missões.