Ciência e Saúde

Sonda InSight pousa em Marte; missão vai estudar atividade tectônica

A sonda tocou o solo marciano às 17h55. O primeiro sinal foi enviado oito minutos depois: uma imagem que mostra o horizonte e algumas manchas de poeira na lente

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/11/2018 17:53
A sonda tocou o solo marciano às 17h55. O primeiro sinal foi enviado oito minutos depois: uma imagem que mostra o horizonte e algumas manchas de poeira na lente
A sonda InSight, da agência espacial americana Nasa, concluiu, no fim da tarde desta segunda-feira (26/11), os procedimentos de pouso em Marte. A principal função da sonda é estudar a atividade tectônica para desvendar o mistério da formação dos planetas rochosos e preparar possíveis missões humanas para explorar o planeta vermelho.

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Segundo informações iniciais, a sonda tocou o solo marciano às 17h55 (hora de Brasília). O primeiro sinal foi enviado oito minutos depois: uma imagem que mostra o horizonte e algumas manchas de poeira na lente. A InSight ficará fixa em Elysium Planitia, a segunda região vulcânica mais extensa de Marte.

Primeira imagem enviada pela sonda do solo marciano

Técnicos da Nasa explicaram, durante a transmissão, que os instrumentos de pesquisa têm a expectativa de funcionar durante um ano marciano ; quase dois anos na Terra.

A InSight é o primeiro aparelho da Nasa a pousar em Marte desde o veículo explorador Curiosity, em 2012. "Marte, aqui vou eu! Seis meses em contagem regressiva para chegar ao planeta vermelho", esta foi a mensagem postada no Twitter da InSight, no dia do lançamento, em 5 de maio.

Técnicos da Nasa comemoram o pouso da sonda

InSight recolherá dados por meio de três instrumentos: um sismômetro, um dispositivo para localizar com precisão a sonda enquanto Marte oscila sobre seu eixo de rotação e um sensor de fluxo de calor inserido a 5m no subsolo marciano.

Os Estados Unidos investiram US$ 813,8 milhões no lançamento do foguete com a sonda, enquanto a França e a Alemanha forneceram US$ 180 milhões para os instrumentos que serão usados para os estudos em Marte, segundo a Nasa.
Além disso, a agência americana gastou US$ 18,5 milhões em um par de mininaves espaciais que acompanham o foguete.

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Os cientistas esperam registrar até uma centena de terremotos no decorrer da missão. A maioria deveria ser inferior a seis na escala aberta de Richter. Estudar a forma como as ondas sísmicas se deslocam através da crosta, o manto e o núcleo do Planeta Vermelho poderia ajudá-los a saber mais sobre como estão constituídas as diferentes camadas e que espessura têm.

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