<div style="text-align: justify"><img src="https://imgsapp2.correiobraziliense.com.br/app/noticia_127983242361/2019/08/30/779955/20190830112611321086u.jpg" alt="Um estudo americano mostrou que a THM implicava um risco aumentado de câncer de mama" />Mulheres que seguem um tratamento hormonal contra os efeitos da menopausa têm um risco ligeiramente maior de ter câncer de mama, confirmou um grande estudo publicado nesta sexta-feira (30/8).</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Estudos anteriores já haviam determinado essa relação, mas o artigo da revista britânica "The Lancet" inovou ao quantificar o risco de cada tipo de tratamento e, ao mesmo tempo, demonstrar que, embora diminua com o fim do tratamento, o risco persiste por pelo menos dez anos.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Os autores revisaram 58 estudos epidemiológicos sobre esses tratamentos, que envolveram mais de 100.000 mulheres.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">São principalmente estudos observacionais, ou seja, mostram um vínculo estatístico, mas não demonstram uma relação de causa-efeito entre o câncer que algumas mulheres desenvolvem e o tratamento em questão.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">De acordo com suas conclusões, todos os tratamentos hormonais da menopausa (Terapia Hormonal da Menopausa, ou THM) estão associados a um risco maior, com exceção dos géis com estrogênio de aplicação local.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Dessa forma, uma mulher de 50 anos que segue por cinco anos um THM que associa estrogênio e progesterona continuamente tem 8,3% de chance de desenvolver câncer de mama nos 20 anos que se seguem ao início do tratamento, contra um risco 6,3% para mulheres que não são submetidas a nenhum cuidado nesse sentido.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">A proporção é de 7,7% para quem segue de forma intermitente (não todos os dias), e de 6,8% para aqueles tratados apenas com estrogênio, segundo os pesquisadores.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Se, em vez de cinco, o tratamento durar dez anos, o risco será "duas vezes maior", enquanto que, se durar menos de um ano, "haverá poucos riscos", segundo Gillian Reeves, da Universidade de Oxford e coautora do estudo.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">[SAIBAMAIS]Com a menopausa, os ovários param de funcionar progressivamente, fazendo com que os níveis de estrogênio caiam, e a progesterona quase desapareça.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Essas alterações hormonais podem causar sintomas desagradáveis (fogachos, ressecamento vaginal, problemas de sono, entre outros) que os tratamentos de reposição hormonal podem aliviar.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Em 2002, porém, um estudo americano mostrou que a THM implicava um risco aumentado de câncer de mama e, nos anos seguintes à sua publicação, o número de tratamentos prescritos caiu amplamente.</div><div style="text-align: justify"><br /></div><div style="text-align: justify">Desde então, eles são reservados para pacientes que sofrem sintomas especialmente desconfortáveis e são prescritos com doses menores e com a menor duração possível, com uma reavaliação anual.</div>