O Prêmio Nobel de Medicina foi atribuído nesta segunda-feira (7) aos americanos William Kaelin e Gregg Semenza e ao britânico Peter Ratcliffe por suas pesquisas sobre a adaptação das células ao aporte variável de oxigênio, o que permite lutar contra a anemia e o câncer.
"O Prêmio Nobel deste ano recompensa pesquisas que revelam os mecanismos moleculares produzidos na adaptação das células ao aporte variável de oxigênio no corpo, o que abre caminho a estratégias promissoras para combater a anemia, o câncer e outras doenças", destacou a Assembleia Nobel do Instituto Karolinska em Estocolmo.
"A importância fundamental do oxigênio é conhecido há muitos séculos, mas o processo de adaptação das células às variações do nível de oxigênio foi durante longo tempo um mistério", explica a Assembleia.
Estes mecanismos também estão implicados nos tumores, cujo crescimento depende do aporte de oxigênio ao sangue.
Kaelin trabalha no Howard Hughes Medical Institute nos Estados Unidos; Semenza coordena o programa de pesquisa vascular no John Hopkins Institute de pesquisas sobre engenharia celular; Ratcliffe é diretor de pesquisa clínica no Francis Crick Institute de Londres e do Target Discovery Institute de Oxford.
Os premiados receberão em 0 de dezembro uma medalha de ouro, um diploma e um cheque de 9 milhões de coroas (US$ 913.000), que será dividido.
Após o Nobel de Medicina, na terça-feira será anunciado o prêmio de Física e na quarta-feira o vencedor de Química. Na quinta-feira será a vez de Literatura e na próxima segunda-feira (14) o de Economia.
Na sexta-feira (11/9), em Oslo, será revelado o nome ou nomes dos premiados com o Nobel da Paz.
Laureados com o Nobel de Medicina 2019
- William Kaelin, nascido em 1957, é pesquisador do Instituto de Câncer Dana-Farber, professor da Escola de Medicina de Harvard e pesquisador do Instituto Médico Howard Hughes.
- Peter Ratcliffe, nascido em 1954, é diretor de pesquisa clínica do Instituto Francis Crick, de Londres, e integrante do Instituto Ludwig para Pesquisa sobre Câncer.
- Gregg Semenza, de 1956, é professor da Universidade Johns Hopkins e diretor do Programa de Pesquisa Vascular do Instituto de Engenharia Celular da mesma universidade.