
No estudo, foram analisados os registros de 2.773 pacientes diagnosticados com covid-19 e atendidos pelo Mount Sinai em Nova York, entre 14 de março e 11 de abril. Desses pacientes, 786 (28%) receberam uma dose alta de anticoagulantes (a mesma dada para pacientes que já têm coágulos formados ou estão com suspeita de coágulos).
A análise mostrou que essa estratégia aumentou a taxa de sobrevivência tanto das pessoas que estavam fora quanto dentro de uma UTI. Os ganhos foram ainda mais expressivos nos pacientes que necessitavam de ventilação para respirar. Desses, 29,1% dos tratados com anticoagulante morreram, enquanto o índice de óbitos foi de 62,7% nos que não receberam o tratamento.
O benefício foi demonstrado mesmo entre os pacientes que acabaram morrendo devido ao novo coronavírus. Nesse grupo, aqueles tratados com alta dose de anticoagulante resistiram por 21 dias em média, enquanto o tempo de sobrevida dos que não receberam o medicamento foi de 14 dias.
[SAIBAMAIS]"Esta pesquisa demonstra que os anticoagulantes tomados por via oral, subcutânea ou intravenosa podem desempenhar um papel importante no tratamento de pacientes com covid-19, e isso pode evitar possíveis eventos mortais associados ao coronavírus, incluindo ataque cardíaco, derrame e embolia pulmonar", explica em um comunicado à imprensa Valentin Fuster, médico chefe do Mount Sinai.