Ciência e Saúde

Laboratório entra na fase final de testes para tratamento da COVID-19

Esse processo envolverá 1.850 pacientes hospitalizados e 1.050 não hospitalizados nos Estados Unidos, Brasil, México e Chile

Correio Braziliense
postado em 06/07/2020 13:56

Coronavírus Sars-Cov-2O laboratório farmacêutico Regeneron anunciou nesta segunda-feira (6/7) que entrou na fase final de seus ensaios clínicos em humanos da pesquisa que conduz para obter um medicamento que trate e previna a COVID-19.

 

Chamado REGN-COV2, o medicamento é uma combinação de dois anticorpos que bloqueiam a "proteína de pico" que o coronavírus usa para invadir as células humanas. 

 

A empresa está chegando à fase 3 do ensaio, a última, para determinar se seu medicamento pode prevenir infecções entre pessoas expostas ao vírus recentemente, por exemplo, através de outra pessoa em sua casa. 

 

Espera-se que este estudo, realizado em conjunto com o Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos Estados Unidos (NIAID, na sigla em inglês), seja aplicado a 2.000 pacientes americanos.

 

"Temos o prazer de colaborar com o NIAID para estudar o REGN-COV2 em nossa busca para evitar a propagação do vírus com um coquetel de anticorpos antivirais que poderia ser disponibilizado muito mais rapidamente que uma vacina", disse o presidente da Regeneron, George Yancopoulos.

 

Da mesma forma, a Regeneron anunciou que a fase final está sendo alcançada para determinar a capacidade do coquetel de medicamentos para tratar pacientes com COVID-19 hospitalizados e não hospitalizados.

 

Esse processo envolverá 1.850 pacientes hospitalizados e 1.050 não hospitalizados nos Estados Unidos, Brasil, México e Chile, cujos dados preliminares são esperados no final do verão boreal.

 

Os cientistas da Regeneron avaliaram milhares de anticorpos colhidos de camundongos geneticamente modificados e de humanos, identificando os dois mais potentes contra o vírus SARS-CoV-2 e que não competem entre si.

 

A empresa usa uma estratégia de múltiplos anticorpos para diminuir as chances de o vírus sofrer mutação e evitar a ação bloqueadora de um único anticorpo, uma abordagem detalhada em um estudo recente publicado na revista Science.

 

No ano passado, um coquetel triplo de anticorpos desenvolvido pela Regeneron se mostrou eficaz contra o vírus ebola. 

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