Ciência e Saúde

''É para ter medo'', diz enfermeira do DF que se curou da covid-19

Cleidy Crisóstomo, entrevistada do CB.Saúde, conta que recebe no Hran pacientes que deram ''apenas uma saidinha'' e acabaram contraindo o vírus

Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 16:35
Cleidy Crisóstomo no CB.SaúdeGerente de Enfermagem do Hran, Cleidy Crisóstomo foi categórica ao falar sobre a pandemia: “Tem que ter medo”. Em entrevista ao programa CB.Saúde — parceria do Correio com a TV Brasília —, nesta quinta-feira (16/7), Cleidy compartilhou que muitas pessoas ainda parecem não acreditar na doença e na importância dos cuidados para evitar o contágio, como a higiene correta das mãos e o uso de máscaras.
 
Durante a conversa, a enfermeira aproveitou para fazer um lembrete: “O medo é para se cuidar. Tem que ter medo, porque eu não sei como a covid vai reagir no seu organismo. Tem aqueles que têm outras patologias, que têm doenças de base. Mas tem que ter medo, sim, da covid, tem que se prevenir, tem que se cuidar, tem que usar máscara, tem que ficar no isolamento, tem que tomar muito cuidado com a higienização das mãos”.
 
Para Cleidy, o medo foi um aliado, inclusive, no próprio caso, uma vez que, embora estivesse aparentemente bem, ela não sabia se o quadro ficaria estável até o fim da infecção. “A gente sabe que o vírus progride muito rápido. Você não sabe como seu organismo vai reagir. Eu tive 30% de pneumonia, mas não tive cansaço, nem febre, nem tosse. Mas você fica com aquele medo, você está lidando com o paciente... O paciente de covid progride muito rápido, ele satura baixo e rapidinho já está entubado. Graças a Deus eu não passei por isso”, lembra.
 
Segundo a gerente de Enfermagem, a melhor opção para os que podem é seguir com o distanciamento social, evitando, inclusive, pequenas reuniões. “Continue em casa, é melhor ficar cansado em casa do que cansado no hospital. Está acabando, estão dizendo que estamos no pico, está descendo o pico. Então, continue, fica em casa que já já você vai poder ficar livre. Melhor do que se arriscar. Nós já temos vários casos que chegam no Hran e que contam, ou de amigos que falam ‘eu estava em casa e só fui ali em uma festinha, só fui levar um bolo e cantar parabéns’. Dois dias depois está contaminado. E você não sabe o que o vírus te guarda. Cada organismo vai reagir de uma maneira. Meu conselho vai ser sempre o mesmo: fique em casa”, afirma.
 

Assista à íntegra da entrevista:

 

Ouça a entrevista em formato podcast:

 

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