O consumo das famílias e as atividades de transporte devem fazer com que o setor de serviços ganhe fôlego este ano. É o que aponta a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Para a entidade, a base comparativa com 2017 foi fraca e, agora, ganham força a expectativa de maior crescimento econômico, a queda dos juros na ponta - ou seja, para o consumidor - e a reação do emprego, criando condições para que a receita reaja ao longo de todo o ano. Entretanto, incertezas que derivam do cenário eleitoral podem conter investimentos, impedindo um impacto mais significativo na geração de receitas. Assim, para 2018, a CNC projeta alta de 0,7% no volume médio de receitas do setor.
Embora, do ponto de vista dos preços, serviços tenha registrado em 2017 sua menor inflação anual (%2b4,5%) desde o ano 2000, o fraco desempenho dos investimentos prolongou a recessão. Segundo o IBGE, o setor encerrou o ano passado com queda de 2,8% no volume de receitas, na comparação anual, após queda recorde no faturamento real em 2017 (-5,0%). Nos últimos três anos, as atividades de serviços acumularam perda média de 11,8% de faturamento real. A última vez que o volume de receitas de serviços avançou foi em 2014 ( 2,5%).