postado em 16/05/2017 12:20
Brasília é uma das poucas capitais do mundo que têm área rural, de acordo com a Emater-DF. Além do Brasil, a situação se repete no Uruguai, com Montevidéo, mas é raro encontrar a autossuficiência tão próxima do centro do poder. A agricultura do Distrito Federal, além de abastecer as necessidades locais, exporta alimentos para outros estados e para o mercado internacional.Em 2016, o volume de exportações foi de US$ 114,3 milhões. A carne é responsável por 83% dos negócios, seguida pelo complexo soja, com 14,4% e cereais, farinhas e preparações, com 0,6%. A Arábia Saudita é o país que mais compra nossos produtos agrícolas, com 28% do total exportado. Venezuela, China, Hong Kong, Emirados Árabes, Angola, Catar e Kuait dividem o restante do mercado.
Aqui, são produzidos 6% dos ovos galados do país ; aqueles que vão virar frango. ;É uma quantidade grande para uma área pequena;, destacou o presidente da Emater-DF, Argileu Martins. Nas Centrais de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa), 92% dos ovos comercializados são produzidos no DF. O restante vem de outras unidades da Federação.
Acima da média
Não é só no setor de granja que o Distrito Federal se destaca. De acordo com a Emater, as áreas rurais do DF alcançam produtividade acima da média nacional no feijão irrigado, no feijão das águas e no milho irrigado ; o que faz com que Brasília esteja em primeiro lugar em rendimento das três culturas do Brasil. O milho, por exemplo, é exportado para Goiás e serve de ração para o gado.Os morangos de Brazlândia também já ultrapassam as fronteiras do quadrilátero. ;Mas, neste ano deve haver uma baixa na produção por conta da restrição de irrigação imposta pela crise hídrica pela qual passa o DF;, justificou Martins. A plantação de trigo no Paranoá tem a maior produtividade do grão nacional, ou seja, a quantidade produzida em relação à área plantada.
De acordo com a Ceasa, a autossuficiência da capital faz com que sempre haja produtos frescos à disposição dos brasilienses e por um preço acessível. A estimativa das Centrais de Abastecimento é de que as folhagens poderiam custar o triplo sem apresentar a mesma qualidade caso não houvesse a produção local. Mais de 90% dos produtos comercializados ali são produzidos na capital.