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Crescimento do país passa por desenvolvimento das ferrovias de carga

Fortalecimento desse modal de transporte é fundamental para reduzir o custo-país, tornar a economia brasileira mais competitiva e contribuir para a proteção do meio ambiente

postado em 12/02/2019 11:51
Fortalecimento desse modal de transporte é fundamental para reduzir o custo-país, tornar a economia brasileira mais competitiva e contribuir para a proteção do meio ambiente

Nunca se falou tanto sobre a importância do desenvolvimento das ferrovias de carga no Brasil como nos últimos meses. E não por acaso: é cada vez mais urgente a necessidade de a matriz de transporte do país se tornar mais equilibrada, eficiente, segura e competitiva. Ao longo dos últimos 22 anos, as ferrovias brasileiras comprovaram que são exemplos bem-sucedidos de concessão de serviços à iniciativa privada:

Mais de R$ 92 bilhões em investimentos no período de concessão


; Ampliaram em mais de 195% a produção, de 137 bilhões para 407 bilhões de TKU (Tonelada Quilômetro Útil ; Unidade de medida equivalente ao transporte de uma tonelada de carga à distância de um quilômetro).

; A movimentação de carga cresceu 125% desde 1997, de 253 milhões para 569 milhões de TU (Tonelada Útil ; Total de carga movimentada) em 2018.

; A movimentação de contêineres experimentou um crescimento de mais de 140 vezes.

; Nesse mesmo período, o número de empregos diretos e terceirizados no setor deu um salto de 127%: passou de 16.662, em 1997, para mais de 37 mil, no ano passado, com uma expressiva elevação na qualificação da mão de obra.

; Essa evolução positiva também se deu em relação à frota de material rodante, com aumentos de 183% no número de locomotivas e de 149%, no de vagões (até dezembro de 2017). Isso, sem mencionar o avanço tecnológico sem precedentes na história do país.

; Por outro lado, os investimentos promovidos pelas concessionárias resultaram em queda de mais de 86% no número de acidentes, levando as ferrovias brasileiras aos mais altos padrões internacionais de segurança.

40 mil empregos e expressiva elevação na qualificação de mão de obra

Mesmo assim, hoje, o transporte de cargas por trilhos está longe de seu real potencial ; especialmente para um país de dimensões continentais como o nosso.

Diante da indiscutível melhora na eficiência e da crescente produtividade das operações ferroviárias, é possível fazer o setor crescer, e muito, nos próximos anos. Mas isso exigirá investimentos robustos por parte das concessionárias. Neste período de concessão, elas já investiram mais de R$ 92 bilhões (até dezembro de 2017) ; e vão continuar investindo, para que o Brasil avance ainda mais.

Como solução de curto, médio e longo prazos, é imprescindível que o processo de prorrogação antecipada dos contratos de concessão, ora em andamento, seja concluído nos próximos meses. De acordo com dados do governo, estão previstos como contrapartida investimentos da ordem de R$ 25 bilhões.

Esses recursos serão responsáveis por inúmeras obras voltadas para a expansão da capacidade da malha, por meio de duplicações de vias, contornos, construção e ampliação de pátios e terminais, e o consequente aumento do volume de carga transportada e a elevação das exportações brasileiras. Além da essencial construção de novos trechos ferroviários e a conclusão de projetos já em curso, como a Transnordestina, fundamental para o desenvolvimento dos estados da Região Nordeste.

Os investimentos também permitirão uma ampla redução de interferências urbanas e o aumento da segurança da população que vive perto das ferrovias; o desenvolvimento de novas tecnologias e o fomento à indústria ferroviária nacional; a geração de milhares de empregos, além de contribuir com a arrecadação de impostos estaduais e federais.

O novo governo já sinalizou que irá priorizar planos integrados de logística, de forma a abarcar os diversos modais de transporte com uma visão de longo prazo e projetos voltados para a expansão da malha ferroviária.

Com a soma de forças, do poder público e da iniciativa privada, a participação das ferrovias na matriz de transportes de cargas pode chegar a 31% em 2025, patamar compatível com o potencial do setor e com as dimensões do território brasileiro. Isso permitirá uma redução média de 14% nos custos de frete ferroviário e uma economia ao setor de R$ 54,7 bilhões anualmente, além de reduzir 19,1 milhões de toneladas nas emissões de CO2.

Este é o momento de priorizar as ferrovias de carga brasileiras:

; Para reduzir o Custo Brasil.
; Para elevar as exportações brasileiras e favorecer a balança comercial positiva.
; Para gerar novos postos de trabalho.
; Para reduzir a emissão de gases de efeito estufa.
; Para desenvolver uma cadeia logística integrada, mais racional, eficiente e produtiva.

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