Dialogar para liderar

"Desafio é construir uma agenda que interaja com a sociedade", diz ministro Edinho

Ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, participa do Seminário Dialogar para Liderar, no auditório do Correio

postado em 24/02/2016 10:19

Ministro Edinho Silva, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, participa do Seminário Dialogar para Liderar, no auditório do Correio

O ministro da comunicação Social, Edinho Silva, foi o encarregado de realizar a abertura do seminário ;Dialogar para liderar;, que ocorre nesta quarta-feira (24/2), na sede do Correio. Em sua fala, Edinho fez um paralelo entre o tema do seminário e atual momento que o país enfrenta, e afirmou que o país vive uma crise política em sua república recente. "É importante entendermos a espiral do mundo lá fora, esta crise é causada por fatores externos, mas também pela gestão do país", disse. Ao abordar o tema, Edinho lembra que, nas manifestações políticas internacionais e nacionais mais recentes, a principal demanda é a mudança dos modelos de representação. "O grande desafio do século é a construção de uma nova agenda que interaja com a sociedade, a diminuição do distanciamento entre representantes e representados, diminuir esse abismo."

O professor Adriano Machado Ribeiro, da Universidade de São Paulo (USP), também participa da mesa de debates, que é mediada pelo jornalista Caio Túlio Costa. O professor faz uma genealogia do diálogo, explicando a origem da palavra e sua relação com a democracia. Ribeiro explica que o dialogo exige despersonalização dos que participam do debate. "As figuras têm que reconhecer o outro, se abrir ao universo da racionalidade argumentativa. Na democracia, a ideia de um debate é uma disputa, é o contrario daquilo que a gente espera do diálogo enquanto movimento argumentativo" segue o professor, mencionando Platão.

"Dialogar é conduzir-se pela civilidade, pela racionalidade. Se eu não respeito o outro e ele não expõe suas razões, não há um diálogo. Mas se ele não permitir perguntas e questionamentos, também não." Ao encerrar, o professor lembra da importância de se "conter paixões" e também da laicidade. Ofensas e xingamentos, explica Ribeiro, citando Cícero, impedem o debate.


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A partir das 13h30, Paulo Marinho, presidente do Conselho Deliberativo da Aberje; Eduardo Ariel, coordenador da ESPM Rio; e o advogado Rubens Naves discutirão sobre a comunicação e os desafios do presente. Na última roda de discussões do dia, às 16h, Renato Janine Ribeiro, professor titular da USP; Luiz Carlos Azedo, colunista do Correio; e Francisco Viana, diretor-presidente da Hermes Comunicação analisarão a situação nacional na mesa Brasil e Democracia ; Novos paradigmas para o diálogo e a liderança.

Entre as 18h e as 18h30, o diretor-geral da Aberje, Hamilton dos Santos, fará o encerramento do evento.

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