Paulo Marinho, superintendente de comunicação corporativa do Itaú Unibanco e presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje), abriu a segunda mesa de debates do seminário Dialogar para Liderar, no Correio Braziliense, na tarde desta quarta-feira (24/2). Marinho diz que o "primeiro passo do processo do diálogo é o respeito, onde se respeita a si mesmo e ao outro."
Durante sua apresentação, fez um panorama da comunicação empresarial na atualidade. Para ele, a economia atualmente gira em torno da reputação. "Vale mais o que você é do que o que você vende", explica, o que exige um diálogo afinado entre empresa funcionários, colaboradores, clientes e sociedade. Agora, erros locais geram danos globais, a qualidade da exposição da empresa vale mais que a quantidade e criar reputação é mais importante que fazer propaganda. "O primeiro passo do processo do diálogo é o respeito", ressaltou.
Rubens Naves, da Rubens Naves Santos Jr. Associados, deu o exemplo prático de um caso de diálogo efetivo entre sociedade civil organizada e poder público. Na busca por reduzir o deficit de vagas nas creches e na educação infantil em São Paulo, foi estabelecido um diálogo com a prefeitura - que havia prometido a criação de 150 mil vagas durante a campanha eleitoral - e com o Poder Judiciário. Por meio de uma conversa interinstitucional foi possível criar prazos para o cumprimento de decisões judiciais que asseguravam o acesso à educação nessas etapas do ensino. Criou-se ainda um grupo de monitoramento, presidido pelo desembargador do Tribunal de Justiça. Naves destaca que esse foi um processo de decisão dialógico, baseado no princípio da razoabilidade, e que levou a avanços significativos no sentido de alcançar o objetivo proposto. "O nosso projeto de país precisa se concretizar", resume Naves.
Marcelo D;Angelo, diretor de comunicação do Grupo Camargo Corrêa, falou sobre os bastidores da comunicação em gestão de crise e sobre a importância da reputação de uma empresa, que exige atenção e dedicação por parte dos comunicadores. "As redes sociais apresentam uma gama tão diversa de possibilidade, com capacidade de proporcionar uma experiência diferente com marcas. No entanto, a reputação que levou cem, duzentos anos para ser construída, pode ser destruída em poucos segundos nas redes sociais."