postado em 25/06/2009 10:44
"Não nasceu em Ipanema, não nasceu na Bahia, nunca teve a mÃdia a seu lado, nunca teve as panelinhas, nunca teve a proteção, nunca teve nada e fez escola, fez a maior escola de música do Brasil, que é a nordestina. Esse homem morreu do peso da sanfona, mas deixou o peso de sua obra". Não há exagero nas palavras do cantor Fagner, ditas em entrevista ao Ensaio, da TV Cultura. Afinal, elas se referem a Luiz Gonzaga e podem ser confirmadas mais uma vez nesta época de festas juninas, quando seus forrós - muitos deles lançados há mais de 30 anos - disputam espaço, sem desvantagem, com os sucessos comerciais de Calcinha Preta e Aviões do Forró.
E chegam na voz do próprio Gonzaga ou na de artistas de propostas musicais tão diferentes quanto o paraibano Zé Ramalho e o piauiense Francis Lopes. O autor deAvohai acaba de lançar coletânea com interpretações que fez, ao longo da carreira, de músicas de Luiz Gonzaga . "É um trabalho de garimpo e carinho, que revela todo o envolvimento que tive com esse artista único", declara o músico paraibano. Já o responsável por hits do tipo Na bundinha repassa em disco gravado ao vivo em São Caetano, interior de São Paulo, o repertório do compositor pernambucano, "um dos maiores Ãdolos de nosso paÃs, eterno rei, ao qual muitos forrozeiros devem muito", como Francis Lopes define o músico morto há 20 anos (a serem completados em 2 de agosto).
Ouça trechos de Sala de reboco, com Francis Lopes