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Confira a discografia comentada de Michael Jackson

postado em 25/06/2009 22:31
GOT TO BE THERE (1972)
A estreia solo de Michael, aos 13 anos de idade, não negou o padrão comercial ditado pela Motown Records no início dos anos 1970. A gravadora de black music ressaltou a voz inocente do ídolo juvenil em canções para consumo rápido. O menino brilhava nas versões de You;ve got a friend, de Carole King, e Ain;t no sunshine, de Bill Withers.

BEN (1972)
Lançado sete meses depois de Got to be there, aplicou novamente a fórmula de sucesso: canções pueris interpretadas por um ídolo adolescente. A canção que dá título ao disco chegou ao topo da parada norte-americana. Ele estava apenas começando a trilhar seu caminho para distanciar-se dos irmãos.

MUSIC AND ME (1973)
A doce juventude de Michael começava a dar sinais de crise. A voz parecia diferente. E mais: inspirado em Stevie Wonder e Marvin Gaye, o menino prodígio queria escrever as próprias canções. Mas a Motown não deixou. O resultado: outro lançamento irregular.

FOREVER, MICHAEL (1975)
No último projeto pela Motown, Michael buscou refúgio na soul music. Aos 16, ainda não tinha permissão para compor. Mas começava a testar um estilo vocal que ganharia corpo no trabalho seguinte.


OFF THE WALL (1979)
Michael cresceu, rompeu com a Motown, saiu definitivamente da sombra do Jackson 5 e, como se não bastasse, gravou um dos grandes álbuns de música pop do final dos anos 1970. Com uma mistura vibrante de soul e dance music, Off the wall resistiu à passagem do tempo. Canções como Don;t stop til you get enough e Rock with you ainda aquecem pistas do mundo todo. Vendeu 20 milhões de discos. A produção de Quincy Jones definiu um padrão para a música comercial que seria produzida no início dos anos 1980. E o planeta dançou junto.

THRILLER (1982)
Na história do pop, Thriller merece um capítulo de destaque. O número ainda parece inacreditável: com o recorde de 104 milhões de cópias vendidas (só nos Estados Unidos, mais de 50 milhões), o disco inaugurou a era das superproduções da indústria musical. Custou US$ 750 mil. Hoje, soa como uma coletânea de sucessos, com hits como Beat it, Billie Jean e a faixa-título, que, além de dominar as paradas, revolucionou o reino do videoclipe. Nas pistas, era Michael quem imperava. Nos Estados Unidos, até o presidente Ronald Reagan queria recebê-lo. Das nove faixas, o cantor escreveu quatro. O som não perdeu a atualidade ; o caleidoscópio de soul, funk, dance e rock continua a exercer influência, ditando parâmetros para astros como Justin Timberlake e Kanye West. Em 2007, o álbum ganhou uma luxuosa edição comemorativa de 25 anos, com remixes e DVD.

BAD (1987)
Quando lançou Bad, Michael já era uma das celebridades mais poderosas do showbusiness. A fama trouxe uma consequência cruel: a escalada milionária esbarrou na fúria dos tabloides. Os escândalos começavam a chamar mais atenção que a música. Acusado até de ter dormido em câmara de oxigênio para retardar o envelhecimento, o cantor contra-atacou com um turbilhão de hits. Vendeu mais de 30 milhões de cópias e emplacou mais-pedidas como The way you make me feel e um dueto com Stevie Wonder (Just good friends).

DANGEROUS (1991)
O império de Michael estremecia. Dangerous vendeu 32 milhões e foi tratado como o renascimento comercial do ídolo. Hoje, é visto como o último estalo criativo do artista. Depois dele, e de apostas acertadas como Black or white e Heal the world, o cantor entraria numa longa e melancólica temporada de estiagem.

HISTORY (1995)
Anunciado como um grande retorno, o álbum duplo vendeu 20 milhões de cópias e desagradou aos críticos, que atacaram a falta de originalidade do projeto. Um caça-níqueis? Um dos discos era composto por hits antigos. O outro, por novidades descartáveis como Scream, dueto com a irmã Janet Jackson.

INVINCIBLE (2001)
Michael entrou no novo século com o pé esquerdo. Invincible decepcionou. Vendeu 10 milhões de unidades e reforçou a faceta sentimental de um compositor aprisionado pelo próprio sucesso. Um desfecho acinzentado.

[SAIBAMAIS]

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