postado em 17/07/2009 09:47
Filha do produtor musical Liber Gadelha e da cantora Zizi Possi, Luiza Possi acabou trilhando o caminho que parecia natural. Apaixonou-se pela música aos 3 anos, quando a mãe colocou em seu ouvido um walkman e ela saiu ;enlouquecida; pela casa cantando ;Mim qué tocá, mim gosta ganhá dinhêro!” Aos 6, começou a tomar aulas de canto. Aos 15, cantava ;de bobeira; entre amigos quando foi chamada para ser vocalista de uma banda. Aos 17, gravou o primeiro disco solo e, no dia em que completou 18 anos, ganhou de presente a notícia de que Dias iguais, uma das músicas do CD, estava em primeiro lugar nas paradas. Bons ventos sempre chegam, o quarto disco ; sem contar o ao vivo de 2007 ; é novo passo nessa trajetória. Luiza se arrisca como compositora em seis das 12 faixas, mas mostra sua porção melhor, a de intérprete, em canções de Lokua Kanza e Chico César, Godofredo Guedes, Lula Queiroga, Moska, Samuel Rosa e Chico Amaral;Sendo um disco prioritariamente de canções próprias, o que Bons ventos; significa para você?
Com certeza, essa é a maior diferença desse trabalho em relação aos outros. É a primeira vez que ouso um pouco mais nessa área e me exponho bastante como compositora, mas já estava na hora...
O que a influencia?
Bom; Tenho escutado muito Nouvelle Vague, Cat Power, Feist, Regina Specktor, Jason Mraz, Simonal, Michael Jackson, Luiz Melodia, Zélia Duncan... e o shuffle bombando!
O que a inspira?
Acredito que é mais fácil escrever o que sentimos, traduzir as sensações que temos e mostrar o nosso ponto de vista de uma história, mas escrever é lúdico, é imaginar e realizar na música nossas fantasias.
Como se deu a aproximação com Dudu Falcão, com quem assina cinco canções?
Foi um acontecimento raro, um encontro mesmo. Temos uma afinidade musical grande e um caminho de pensar muito complementar. Juntos, temos mais de 15 músicas, a maioria está guardada e claro que ainda serão aproveitadas, não só por mim, espero. Quero muito que nossas músicas sejam gravadas por outras pessoas.
Musicalmente, que mais gostaria de fazer?
Tenho vontade de fazer um trabalho focando uma região do Brasil, principalmente os ritmos que rolam em Recife, que são muito ricos, tem um universo inteiro ali e pouco explorado, na minha opinião.